Rússia, China, Índia e
Liga Árabe exigem que Israel pare já com o bombardeio criminoso. Em sete dias o
número de mortos ultrapassa 100 palestinos, grande parte crianças, mulheres e
idosos. Manifestações contra nazismo de Israel ocorrem em dezenas de cidades
No sétimo dia de bombardeio a Gaza, que começou no
dia 14, já haviam sido assassinados 100 palestinos, entre os mortos dezenas de
crianças, mulheres e idosos. Mais de trezentos palestinos, segundo o Hospital
Shifa, de Gaza, ficaram feridos.
Os ataques com mísseis de alto poder de destruição
lançados por caças israelenses puseram abaixo desde casas e prédios
residenciais até o escritório do líder do Hamas que dirige a Faixa de Gaza,
Ismail Hanyah, que escapou por não se encontrar no local.
Manifestações de protesto diante de embaixadas de
Israel e sedes de governos já ocorreram em mais de cem cidades por todo o
mundo, passando por Jacarta, Londres, Washington e Los Angeles, Cairo,
Istambul, Dublin, Paris, Santiago, Oslo, Berlim, Edimburgo, Camberra, Seul,
além de Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.
O vice-primeiro-ministro de Israel, Eli Yishai,
expôs a real intenção do regime nazista de Israel: "Fazer Gaza retornar à
Idade Média".
A isso, o presidente norte-americano, Barack Obama,
chamou de "direito de Israel de se defender".
O governo da Rússia repudiou a posição dos EUA de
apoio à sanguinolência em Gaza. Ele denunciou as manobras protelatórias
adotadas pelos EUA enquanto o sangue de civis corre nas ruas de Gaza:
"Lamentamos que um projeto de comunicado apresentado por Marrocos em nome
da Liga Árabe ainda continue em meio de negociações e consultas", disse o
representante permanente da Rússia ante a ONU, Vitali Churkin.
"Parece que não desejam atuar frente a
crise", insistiu Churkin.
Governos árabes como Marrocos, Egito e Tunísia
também denunciam o terrorismo de Estado perpetrado por Israel e a Liga Árabe
criticou este sábado a inação do Conselho de Segurança da ONU diante da
agressão e acusou o organismo internacional de manter a impunidade a favor de
Israel.
"Esse brutal massacre em Gaza não pode passar
sem castigo; Israel deve assumir a responsabilidade de sua ocupação",
acrescentou o secretário geral da LA, Nabil el Araby.
El Araby denunciou o Conselho de Segurança de
alentar os "desmandos israelitas" e criticou o organismo de tentar
pôr no mesmo lugar os agressores com os palestinos de Gaza, que "se
recusam a se ajoelhar ante o poder dos ocupantes".
A China denunciou "a violência desproporcional
de Israel" e o representante da Índia na ONU (que atualmente preside do CS
da ONU), Hardeep Singh, denunciou a situação "atroz sofrida pelo povo
palestino".
Riad Maliki, chanceler da Autoridade Nacional
Palestina, exigiu da ONU e da Liga Árabe "um apoio humanitário robusto aos
palestinos tanto de Gaza, como da Cisjordânia".
Em comunicado difundido pela Chancelaria, a
Venezuela condenou "as flagrantes violações do Direito Internacional nas
que incorreu o Estado de Israel, assim como o uso do terrorismo de estado para
castigar a um povo inteiro".
O regime israelense começou o banho de sangue ao
assassinar uma das principais lideranças do Hamas, partido que governa Gaza,
Ahmed Jabari, que - segundo o ativista pela paz, o israelense Gershon Baskin -
era o negociador indicado pelo Hamas para um acordo que envolveria uma trégua
de longo prazo e o início de negociações de paz. O assassinato de Jabari deixa
clara a intenção do regime de Israel: manter o confronto e a beligerância a
qualquer preço. Usar os ciclos de violência para manter a ocupação. Neste caso
a agressão à Gaza sob cerco se dá no momento em que a Autoridade Nacional
Palestina toma a iniciativa de buscar o reconhecimento do Estado da Palestina na
ONU.
Netanyahu e seu bando também buscam tirar proveito
da paranoia de guerra para açular os baixos instintos entre os isralenses, dos
quais a direita israelense se alimenta. A resistência palestina respondeu ao
primeiro dia de bombardeio com foguetes de escassa efetividade (os israelenses
falam em três mortos em seu território) enquanto que o exército da ocupação
bombardeou um dos centros populacionais mais povoados do mundo. O fez com ganas
de extermínio e ameaça invadir com uma horda de 75 mil soldados. A invasão de
2008 causou a morte de 1.400 palestinos.
NATHANIEL BRAIA
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