Um garoto de 12 anos escreveu uma carta endereçada ao candidato à
presidência dos EUA, Mitt Romney, criticando a posição do republicano em
temas como saúde e casamento gay. A carta foi enviada na semana
passada.
“Querido governador Romney, gostaria de parabenizá-lo pela sua vitória
na nomeação republicana. Mas eu gostaria que você tivesse ficado em
Massachusetts [como governador]. Seu plano para a América não é o que
nós precisamos, e vai nos ferir muito mais do que nos ajudar”, escreveu
Jackson Ripley, em trecho divulgado pelo “Huffington Post”.
O garoto não parou por aí: “Seus planos domésticos (controle de
natalidade, direitos dos gays, etc) são horríveis! As mulheres deveriam
cuidar da própria saúde, e se você se pergunta porque não está indo bem
com o eleitorado feminino, repense no seu plano sobre o controle de
natalidade e nos direitos das mulheres. E as pessoas devem poder se
casar com quem elas quiserem”.
Quando decidiu escrever a carta, Ripley estava assistindo a um discurso de Romney no noticiário, com a mãe.
A crítica a Romney é reflexo da experiência pessoal do garoto. Sua irmã
Kennedy, 4, foi diagnosticada com hemangioma, um tumor benigno, desde
que nasceu, e precisa de tratamento e remédios mensalmente.
A família possuía um plano de saúde pelo trabalho do pai de Ripley,
John, mas ficaram sem assistência quando ele foi demitido em 2009,
devido à crise financeira. John arrumou um novo emprego, sem assistência
de saúde, o que obrigou a família a recorrer a um plano de saúde pago.
Devido aos problemas de Kennedy, o preço superou o que eles podiam
pagar. Foi apenas com a reformulação do programa de saúde do governo, o
Obamacare, que a família teve condições de dar continuidade ao
tratamento de Kennedy.
Ao “Huffington Post”, Ripley declarou que sua principal motivação para
escrever a carta foi “a frustração”. “O que ele faria [caso seja eleito]
é injusto, e eu queria dizer algo sobre isso”, disse ele.
Ripley termina a carta dizendo que Romney não deve se deixar levar por questões religiosas para guiar sua política.
“Construímos esse país para que as pessoas tivessem liberdade, e não
deixassem crenças religiosas as controlarem. Esse país não foi
construído em cima de nenhuma religião, então não deveríamos criar leis
para reprimir as pessoas e suas religiões”.
Fonte: Noticias Uol
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