Mercadante
diz que 'estranhou' postura de relator
Ministro da Educação fez questão
de polemizar com Barbosa, mesmo não tendo sido citado por ministro
Tânia
Monteiro, de O Estado de S. Paulo Estadao
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante,
criticou a forma "superficial" como o relator do processo do mensalão
no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, sugeriu que a rapidez
com que o Congresso aprovou a votação do marco regulatório do setor elétrico
seria a comprovação de que houve compra de votos pelo PT para aprovar medidas
no Legislativo. "É preciso ter respeito entre os Poderes, reconhecer o
mérito legislativo e conhecer como se constrói um consenso entre os
partidos", desabafou Mercadante que, no início de 2004, quando o processo
tramitou no Congresso, era líder do governo Luiz Inácio Lula da Silva no
Senado.
Mercadante lembrou ainda que todos os senadores da
época, fossem eles oposição ou governo, "podem testemunhar" que houve
transparência nas discussões e que se elas se travaram "sobre
mérito", em sua sala, no Senado, inclusive com a presença da então
ministra das MInas e Energia, Dilma Rousseff.
"Foi uma negociação de mérito e votamos,
governo e oposição, por unanimidade, porque havia consciência da urgência e
relevância da aprovação do texto, já que poderia ocorrer um apagão",
afirmou o ministro da Educação que, mesmo não tendo sido citado por Barbosa,
fez questão de polemizar com o ministro do STF. Ele disse que
"estranhou" a postura de Joaquim Barbosa. "Como se pode tratar
de uma matéria destas, que foi objeto de debate rigoroso e fruto de
entendimento total, com a ligeireza e superficialidade que foi dada ao
caso?", disse ele, ao pedir "uma avaliação mais cuidadosa antes de se
fazer uma afirmação como esta". Mercadante lembrou ainda que todos os
senadores da época, fossem eles oposição ou governo, "podem testemunhar
isso porque houve transparência nas discussões".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seus comentários serão publicados. Eles contribuem com o debate e ajudam a crescer. Evitaremos apenas ofensas à honra e o desrespeito.