Caro Prof. Jonathan
Recebo críticas pessoais, por telefonemas e e-mails sobre certos temas que trabalho aqui no blog. Alguns chegam a me dizer que como religioso eu deveria me restringir a abordar temas “espirituais” e não me intrometer em questões sociais e políticas. Aliás, sempre sofri essa crítica. Tanto que me senti pressionado a sair de uma igreja cuja diocese era comandada por um bispo fraco, pusilânime, omisso e alienado, que me acusava de militar nas lutas por mais justiça social e pelos direitos humanos por pura gana de aparecer. Esse coitado não passa de uma aparência “múmica” de puro atraso de reza-reza com meia dúzia de decadentes que nada fazem em favor das transformações sociais.
Há pouco tempo alguns fracos e de consciência pesada pelas opções equivocadas que fizeram ao abandonar a luta pela via esquerda, motivados por puras questiúnculas pessoais, acabaram filiando-se em partidos de direita em busca de emprego e de cargos penduricálios, sem avaliar com seriedade a linha política das agremiações que escolheram, entraram em canoas furadas de direita e de corrupção, o que sempre dá na mesma.
Pois bem, eu nunca me desviei dos bons caminhos. Originário da opressão, do ambiente agrícola marcado pela escravatura e pela opressão do capitalismo mais atrasado e perverso desde cedo trilhei o caminho da luta pelas mudanças sociais. Quando criança acompanhava meu pai lá em Alegrete na escuta dos comícios de Leonel Brizola, transmitidos pela Rádio Farroupilha de Porto Alegre. Meu pai logo fez contato com os comunistas integrados no antigo Partido Trabalhista Brasileiro de Getúlio Vargas, de João Goulart e de Leonel Brizola. A influência dos debates sempre me influenciou desde a infância. No seminário contatei com textos de Karl Marx, com estudantes e de professores de teologia brilhantes que militavam nas lutas inspiradas por Chê Guevara, verdadeiro fenômeno revolucionário latino americano e mundial. A luta na época e os debates eram apaixonantes. Relacionei-me com o MIR (Movimento da Esquerda Revolucionária do Chile), através do MISUR aqui no Brasil. Comunguei com teólogos revolucionários e brilhantes na compreensão da brutal injustiça que vivíamos na América Latina. Após o seminário, muito jovem, não mais do que 21 anos, me deparei com a luta recrudescida contra a ditadura militar imperialista no Brasil. Reforcei a luta, primeiro pelos meios de comunicação e depois organizada e clandestinamente, ao mesmo tempo que era ministro cristão convicto. Nunca me afastei dessa luta nem fui-lhe desleal. Assim continuo e assim sou. Não consigo desvincular a fé da luta concreta por transformações políticas. Isso é, para mim, marca da coerência cristã. Volta e meia me sinto criticado pelos dois lados. Nem sempre meus irmãos cristãos acolhem bem a luta política e nem sempre meus companheiros militantes entendem bem minha vocação pastoral e religiosa. Do lado da luta há quem queira ignorar e negar que eu seja bispo. Isso me entristece e até magoa. Pois não sou ator nem faço de conta que sou bispo e sou religioso. Sou de verdade e sem disfarces como sou militante convictamente, embora alguns queiram me impedir.
Outrossim, vejo enorme incoerência de religiosos que não militam abertamente mas que correm atrás de candidatos a reeleição ou novéis candidatos em busca de dinheiro e de apoio. Conheço pastores, padres e até bispos que rifam eleitoralmente suas comunidades em troca de dinheiro. Há até quem troque de siglas e de candidatos em troca de quem paga mais, sem se quer se perguntar quem é de direita e quem realmente se compromete com o povo e suas lutas. Ora, isso eu não faço de maneira alguma. Milito por convicção e por compromisso e não em troca de nada. Apenas busco servir ao povo na construção de sociedade mais justa. Um amigo me perguntou se meu interesse se ligava a me candidatar a governador de Goiás em 2014. Respondi-lhe, e fui sincero, que meu interesse é por transformações que ajudem o Brasil a se libertar do imperialismo e das mazelas da opressão econômica. Ele respondeu que não conseguia entender que alguém ainda se comportasse assim com esse nível de interesse coletivo, nacional e social. Disse-me que a maioria dos candidatos não age dessa forma. Enfim, a campanha eleitoral é festival de vendas de votos, de malandragens e de gente que se vende sem a menor cerimônia, mesmo sendo religiosa e pular de fé em suas igrejas e outras religiões. Seus delírios cúlticos não se relacionam com nenhuma paixão político-eleitoral, mas apenas pelas vantagens financeiras que podem levar. Os marconistas e cachoeiristas gostam desse tipo de religioso. Este não é o meu caso.
Pois bem, algumas pessoas me perguntam por que persigo Marconi Perillo, Demóstenes Torres, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Aécio Neves etc. Pensam que meus textos de denúncias dessa escória são mordazes e despidos de caridade. Um cientista chegou a escrever no Facebook que eu me digo bispo, mas que nego essa missão porque ao invés de semear a concórdia prego a discórdia e o golpe ao criticar aquele que ele ainda chama de governador de Goiás.
Ora, sempre respondo aos meus críticos, a quem respeito, que sou seguidor de Jesus que não teve dó ao acusar os fariseus traidores de túmulos caiados, de cobras venenosas e até de demônios. Túmulo caíado é pintado por dentro, porém guarda podridão e morte por dentro. Demônios são o mal produzido por inúmeras divisões internas que causam divisões sociais. É o que vejo em gente como as que nominei sem medo, acima. Não fazem outra coisa senão assaltar o poder público ao serviço da corrupção e do privilégio dos que concentram riquezas e renda. São feriseus e túmulos caiados. Suas práticas dividem a sociedade no desprezo de quem trabalha, dos pobres e excluídos. Suas histórias de vida são de traição á Pátria e fragilização de sua soberania, como os fariseus do tempo de Jesus que se aliaram ao império romano em desprezo aos sofrimentos de seu povo sofrido e oprimido.
O interessante é que os fariseus de hoje, os neoliberais e de direita, que precisam de justiça que os force a devolver o que roubam do povo, facilmente se confundem com a corrupção e com Cachoeira. Este não seria nada nem se criaria se não fossem os fariseus e neoliberais, historicamente ligados à defesa da liquidação do estado e do mercado perverso e concentrador de riquezas, principalmente de modo especulativo.
Portanto, não tenho nada de pessoal contra os fariseus neoliberais e de direita hoje. Tudo o que desejo é que sejam denunciados, julgados e punidos pelos crimes políticos e econômicos que praticam. Essa é a misericórdia que tenho deles. Quando presos iria visitá-los e propor que se convertam aos caminhos da justiça e da paz, como aconteceu ao Zaqueu, conforme relato de São Lucas. Não posso fechar os olhos e fingir que eles não são corruptos e que assaltam nosso povo, prejudicando-o nas mais básicas necessidades.
Terminando, meu caro colega Prof. Jonathan, sugiro que leias o texto abaixo, do Correio do Brasil. Nela é evidente o cruzamento entre o dito mensalão do PT, do PSDB (de direita) e Cachoeira. Na verdade tudo é a mesma coisa: Cachoeira. Boa leitura.
Abraços críticos e fraternos.
CPMI do Cachoeira levanta dados que se cruzam com processo do ‘mensalão’ e alertam ao STF
5/8/2012 16:01, Por Redação - de Brasília, São Paulo e Belo Horizonte
Presidente do STF, o ministro Ayres Britto se vê diante de uma Corte dividida, após o longo discurso de Gurgel
O escândalo eleitoral mais ruidoso das últimas décadas, apelidado de ‘mensalão’, e a quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, têm mais pontos em comum do que presumiam os magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF), onde o julgamento da Ação Penal (AP) 470 se reinicia, nesta segunda-feira, com o pronunciamento dos advogados de defesa de 38 réus. Juntos, eles teriam formado uma organização criminosa destinada a comprar votos de parlamentares, segundo a longa tese do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, oficializada na sustentação oral de mais de cinco horas, na sexta-feira. Os fatos apurados por parlamentares, agentes da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), porém, começam a desenhar um contorno da realidade bem diferente daquele que sugere a peça de acusação.
Negociadores experientes conversam com Cachoeira, encarcerado no Presídio da Papuda, em Brasília, segundo fonte confidenciou ao Correio do Brasil, “para acertar os pontos finais de uma delação premiada”, benefício legal que poderá ser concedida ao contraventor, caso ele resolva falar o que sabe sobre a rede de crimes que comandava no país. Cachoeira, privado da liberdade há quase seis meses e das visitas íntimas da mulher dele, Andressa Mendonça, desde que ela foi detida pela acusação de tentativa de suborno a um juiz federal, há uma semana, “está vivendo um inferno”, afirmou um advogado a colegas do escritório do jurista Márcio Thomaz Bastos, que renunciou à defesa do bicheiro.
– O Cachoeira está perto do seu momento de quebra. Ele começou a compreender agora, com clareza, que apesar dos recursos financeiros de que ainda dispõe, foi abandonado por todos os seus contatos no mundo político, jurídico e nos veículos de comunicação que, no início, ainda tentavam enquadrá-lo como um ‘empresário na área de jogos’, em uma cartada para evitar que o processo chegasse às conclusões que, dia após dia, ficam mais robustas para as autoridades no Judiciário e do Congresso, onde a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) liga todas as pontas do esquema criminoso. A delação de Cachoeira seria o elo final na cadeia de eventos que teve início com a denúncia do chamado de ‘mensalão’ – disse a fonte.
Uma das linhas de investigação mais consistentes, segundo promotor do MPF que também prefere manter o anonimato para evitar qualquer dano ao processo contra o esquema criminoso de Cachoeira, é aquela que liga a quadrilha do contraventor a um processo de financiamento de campanhas eleitorais e de enriquecimento ilícito de seus cúmplices similar ao outro, controlado pelo publicitário Marcos Valério, principal réu na AP 470. Enquanto Cachoeira “abastecia os cofres de seus aliados políticos à direita”, em legendas como o PSDB, o DEM e o PPS, “Marcos Valério trabalhava para setores da base aliada na montagem de um possante caixa 2, pronto a irrigar candidaturas ligadas ao conjunto de siglas de apoio ao governo”, constata o promotor público em conversa com o CdB, neste domingo.
– A teoria de uma conspiração no Palácio do Planalto, à época do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, montada para comprar parlamentares e perpetuar o governo petista no poder, mostra-se cada vez mais frágil diante dos fatos ocorridos. Não há nenhuma novidade. O que ocorreu em 1994, em escala anabolizada, vinha desde 1998 com o sistema de caixa 2 montado por Marcos Valério em Minas Gerais, destinado a pagar as contas de campanha do então candidato Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Ele desviava quantias vultosas do Erário por meio de um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro – argumenta o promotor.
Esse esquema, batizado de ‘mensalão mineiro’, também chamado de ‘mensalão tucano’ ou ‘valerioduto tucano’, teve início na campanha para a eleição de Azeredo – um dos fundadores, e presidente do PSDB nacional – ao governo de Minas Gerais. O caso está detalhado em denúncia formulada pela Procuradoria Geral da República ao STF contra Azeredo que, segundo os autos, seria “um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema implantado”. Azeredo é acusado de “peculato e lavagem de dinheiro”. Uma solução idêntica, mas de dimensões nacionais, administrada também por Valério, teria servido como fonte financiadora para uma série de operações destinadas ao pagamento de dívidas de campanha dos partidos ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Até onde conseguiram chegar as buscas por provas no processo da AP 470, Valério e Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, trabalhavam em conjunto para quitar os gastos realizados nas disputas a cargos públicos e formar um estoque financeiro suficiente para as próximas campanhas. Tão logo o candidato petista venceu as eleições, em 2004, com a proximidade entre Valério e o tesoureiro do PT, ter-se-ia iniciado o processo de captação de recursos, por meio de contratos fraudulentos em publicidade junto às estatais e aos ministérios. Na oposição – após décadas na condução dos destinos do país e próspero na formulação das políticas criminosas que deram origem ao Best seller do jornalista Amaury Ribeiro Jr, Privataria Tucana – o PSDB, que conheceria por dentro o funcionamento da trama criminosa, teria em Cachoeira o seu principal agente para denunciar a corrupção de funcionário dos Correios, Maurício Marinho, e detonar a mais consistente tentativa de derrubar um governante eleito no país, desde a queda do então presidente Fernando Collor, em 1990.
– Era a oportunidade exata para bater pesado no governo, com o apoio da revista (semanal de ultradireita) Veja e demais meios conservadores de comunicação que o apoiam, entre eles os diários conservadores paulistano Folha de S. Paulo e carioca O Globo – relembra a fonte.
A tentativa falhou. Tanto a popularidade de Lula quanto a renúncia do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, reduziram a pressão pela abertura de um processo de impedimento do presidente da República, como se chegou a ventilar na época. Dirceu, no entanto, apontado como líder da suposta quadrilha que comprava votos, sempre negou a existência do pagamento de um ‘mensalão’ aos parlamentares da base aliada. Tratava-se, sim, da formação de um caixa 2 para a sustentação das campanhas eleitorais do PT e de seus aliados, como reconheceram os principais acusados à CPMI que produziu o relatório usado pela Procuradoria Geral da República para acusar os 38 réus na AP 470.
A proximidade entre os esquemas de Cachoeira e de Marcos Valério foi citada até em Londres, na edição deste domingo do diário britânico The Guardian, um dos mais vetustos jornais da Inglaterra:
“O escândalo do mensalão não é o único grande caso de corrupção a aparecer nas manchetes nas últimas semanas, com outras questões levantando a probidade das próprias organizações que deveriam estar investigando crimes. O investigador da polícia de Wilton Tapajós Macedo foi morto no mês passado, enquanto regava as flores no túmulo de seus pais. De perto, dois tiros foram o suficiente. Um passou pela têmpora, o outro através da garganta.”
Peça de ficção
A retórica de Gurgel, no entanto, enfrenta agora as críticas, ainda que reservadas, de ministros do STF e de autoridades que acompanharam a sustentação oral da semana passada. Ficou evidente, na peça de acusação, a falta de provas consistentes contra Dirceu, apontado como “mentor intelectual” do que o procurador classifica de o “mais atrevido caso de corrupção e desvio de recursos no Brasil com o objetivo de comprar parlamentares”. Diante dos fatos, a Corte Suprema se divide. Os vários pontos frágeis do relatório de Gurgel, que o deixam próximo a “uma peça de ficção”, segundo comentou um dos ministros do Supremo, reservadamente, deixam dúvidas suficientes para que os magistrados votem pela absolvição dos principais réus no processo.
Segundo uma das autoridades presentes ao Plenário do STF, na sexta-feira, após ouvir a longa exposição de Gurgel, aquela era “uma denúncia ‘pra galera”. Segundo afirmou a jornalistas, não há elementos no processo capazes de imputar a Dirceu a acusação por crime de lavagem de dinheiro. O ex-ministro responde por corrupção ativa e formação de quadrilha.
– Aqueles que tinham o domínio financeiro sobre o esquema ficaram de fora da lavagem de dinheiro. Formação de quadrilha, embora renda boas manchetes para os jornais, não leva a nada – afirmou. Foram enquadrados por lavagem de dinheiro os deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT), e o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.
A dificuldade do STF para julgar a AP 470 sem esbarrar no envolvimento dos tucanos em ação semelhante, nas Minas Gerais, também foi citada em matéria do conservador El Clarín, de Buenos Aires: “Embora seja uma sentença muito aguardada por alguns setores do governo e da oposição, não parece simples. Um dos 11 juízes do Tribunal tem denúncias contra ele. Trata-se de Gilmar Mendes, de quem se diz ter sido beneficiado por um esquema semelhante de corrupção montado em 1998 em Minas Gerais pelo ex-governador daquele Estado, o social-democrata Eduardo Azeredo. Coincidentemente, os circuitos de dinheiro que impulsionaram esse governador também foram comandados pelo publicitário Marcos Valério.”
Para a rede norte-americana de TV CNN, os partidos de direita falharam completamente na tentativa de desgaste aos governos progressistas liderados pelo PT, que assumiram os destinos do país a partir da metade da última década. “A atual presidente Dilma Rousseff, também do Partido dos Trabalhadores, nunca foi conectada ao escândalo. Na verdade, Dilma Rousseff goza de uma forte taxa de aprovação de 77%. A visão de muitos brasileiros é que ela tomou uma posição firme contra a corrupção, despedindo seis ministros suspeitos de desvios”, afirma a emissora.
Valério preso
Um dos 38 réus no processo do ‘mensalão’, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza tem os seus dias de liberdade contados, segundo um dos analistas do julgamento em curso. Acusado de ser o operador do esquema de caixa 2 tanto do PSDB quanto da base aliada do governo, no Congresso, Valério pode ser sentenciado a mais de 140 anos de prisão em razão das dez ações criminais a que responde na Justiça Federal em Minas, além de outros cinco processos criminais na Justiça estadual mineira, entre eles por envolvimento no ‘valerioduto tucano’, e outro no Judiciário do Estado da Bahia.
A maior parte destas ações resulta das próprias investigações que deram origem à denúncia do ‘mensalão’ e que foram desmembradas. Com isso, o Ministério Público Federal (MPF) em Minas já conseguiu duas condenações para o empresário que, juntas, somam 15 anos de prisão. A primeira sentença, dada pela Justiça no ano passado, rendeu seis anos e dois meses de condenação por crime contra o sistema financeiro, mas o MPF recorreu, pedindo o aumento da pena.
A segunda condenação, de fevereiro, é fruto de investigações originadas em torno do ‘mensalão’ e rendeu mais nove anos e oito meses de prisão ao empresário por sonegação fiscal e falsificação de documento público. Além de Marcos Valério, foi condenado seu ex-sócio nas agências SMP&B e DNA Cristiano de Mello Paz, que também é réu na AP 470, mas a defesa recorreu e o caso ainda vai ser analisado pelo Tribunal Regional Federal da 1.ª Região. Nas duas condenações, o Judiciário concedeu aos acusados o direito de recorrer em liberdade.
Valério ainda enfrenta na Justiça Federal em Minas acusações de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação fiscal, fraude processual, formação de quadrilha, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsos. Na Justiça mineira, responde ainda a processos por crimes contra a ordem tributária, contra a fé pública e lavagem de dinheiro. Já na Bahia o empresário responde a ação por grilagem de terras e falsificação de documentos e chegou a ficar 12 dias preso no fim do ano passado, em razão das acusações. A legislação brasileira, no entanto, impede que qualquer condenado passe mais de 30 anos na prisão, mas ele poderá ser preso logo após a decisão do STF.
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