'É preciso ver se Assange corre risco de morte', diz presidente do Equador
O presidente do Equador, Rafael Correa, disse que avaliará se há "perigo de morte" para decidir sobre o pedido de asilo que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, fez ao seu país.
"É preciso ver as causas (do pedido)", afirmou em entrevista à BBC Mundo no Rio de Janeiro, onde participa da Rio+20. "O Equador defende o direito à vida; é preciso ver se há perigo de morte (para Assange)."
O australiano fundador do WikiLeaks está desde a noite de terça-feira na Embaixada do Equador em Londres. O ativista, cujo site vazou milhares de documentos secretos, esperava extradição para a Suécia, onde é acusado de agressão sexual. Ele alega perseguição política.
Questionado se acha que poderia existir risco para Assange, Correa respondeu que "isso é o que se tem dito, que pelo tipo de delitos (de que o fundador do WikiLeaks é acusado) ele pode ser condenado à pena de morte nos EUA".
Assange teme ser enviado da Suécia aos EUA, para responder por acusações de ter vazado, pelo WikiLeaks, informações secretas do país.
'Decisão soberana'
Na entrevista à BBC Mundo, Correa descartou a possibilidade de abrir negociações para decidir sobre o futuro de Assange - disse que será uma decisão "soberana" do Equador e que vai analisar se "ocorreu o devido processo" nas ações judiciais contra o australiano. Mas ressaltou que, por "consideração", pode consultar outros países antes de tomar uma decisão.
"O Equador rejeita as perseguições de índole política, que atentem contra os direitos políticos das pessoas", declarou o presidente equatoriano. "É preciso ver se houve algum rompimento ou infração nesse sentido."
"Se houve descumprimento da lei (por parte de Assange), que ele seja julgado por isso. Mas (é preciso) cuidado para se estão inventando coisas para uma perseguição indevida. Isso é o que precisamos analisar."
Correa sustentou que as revelações do WikiLeaks - que incluem documentos oficiais relacionados às guerras do Iraque e do Afeganistão, vídeos comprometedores e milhares de telegramas do Departamento de Estado americano - "evidenciaram descumprimentos da lei muito maiores, profundos e graves".
Durante uma conversa via satélite que tiveram em abril, Correa deu a Assange as boas vindas "ao clube dos perseguidos".
Questionado pela BBC Mundo sobre o que quis dizer com essa afirmação, Correa disse apenas que "não quer adiantar os critérios (de sua decisão) até que acabe a análise do pedido de asilo do sr. Assange".
Liberdade de imprensa no Equador
Correa riu quando a BBC Mundo lhe colocou que o pedido de asilo de Assange ocorre quando o próprio presidente do Equador é acusado de promover uma ofensiva contra os meios de comunicação de seu país e de limitar a liberdade de imprensa.
"É engraçado como sempre derrubam as mentiras da imprensa corrupta (do Equador)", respondeu. "Vocês não imaginam o que é a imprensa latino-americana. Quando uma pessoa não se submete a seus interesses, seus privilégios, seus abusos, dizem que somos ditadores, que não há liberdade de expressão."
Correa declarou que o pedido de asilo de Assange é "a melhor resposta" a essas acusações.
"(Assange) disse claramente que gostaria de seguir com sua missão de liberdade de expressão sem limites, num território de paz comprometido com a justiça e a verdade, como é o Equador."
Questionado se pode-se deduzir que ele defende a liberdade de expressão de Assange, mas limita a liberdade da imprensa equatoriana, Correa respondeu: "Convido você ao meu país para ver se de alguma forma se limita a liberdade de expressão. O que certa imprensa quer é a liberdade de extorsão, liberdade de manipulação sem responsabilidade".
"É preciso ver as causas (do pedido)", afirmou em entrevista à BBC Mundo no Rio de Janeiro, onde participa da Rio+20. "O Equador defende o direito à vida; é preciso ver se há perigo de morte (para Assange)."
O australiano fundador do WikiLeaks está desde a noite de terça-feira na Embaixada do Equador em Londres. O ativista, cujo site vazou milhares de documentos secretos, esperava extradição para a Suécia, onde é acusado de agressão sexual. Ele alega perseguição política.
Questionado se acha que poderia existir risco para Assange, Correa respondeu que "isso é o que se tem dito, que pelo tipo de delitos (de que o fundador do WikiLeaks é acusado) ele pode ser condenado à pena de morte nos EUA".
Assange teme ser enviado da Suécia aos EUA, para responder por acusações de ter vazado, pelo WikiLeaks, informações secretas do país.
'Decisão soberana'
Na entrevista à BBC Mundo, Correa descartou a possibilidade de abrir negociações para decidir sobre o futuro de Assange - disse que será uma decisão "soberana" do Equador e que vai analisar se "ocorreu o devido processo" nas ações judiciais contra o australiano. Mas ressaltou que, por "consideração", pode consultar outros países antes de tomar uma decisão.
"O Equador rejeita as perseguições de índole política, que atentem contra os direitos políticos das pessoas", declarou o presidente equatoriano. "É preciso ver se houve algum rompimento ou infração nesse sentido."
"Se houve descumprimento da lei (por parte de Assange), que ele seja julgado por isso. Mas (é preciso) cuidado para se estão inventando coisas para uma perseguição indevida. Isso é o que precisamos analisar."
Correa sustentou que as revelações do WikiLeaks - que incluem documentos oficiais relacionados às guerras do Iraque e do Afeganistão, vídeos comprometedores e milhares de telegramas do Departamento de Estado americano - "evidenciaram descumprimentos da lei muito maiores, profundos e graves".
Durante uma conversa via satélite que tiveram em abril, Correa deu a Assange as boas vindas "ao clube dos perseguidos".
Questionado pela BBC Mundo sobre o que quis dizer com essa afirmação, Correa disse apenas que "não quer adiantar os critérios (de sua decisão) até que acabe a análise do pedido de asilo do sr. Assange".
Liberdade de imprensa no Equador
Correa riu quando a BBC Mundo lhe colocou que o pedido de asilo de Assange ocorre quando o próprio presidente do Equador é acusado de promover uma ofensiva contra os meios de comunicação de seu país e de limitar a liberdade de imprensa.
"É engraçado como sempre derrubam as mentiras da imprensa corrupta (do Equador)", respondeu. "Vocês não imaginam o que é a imprensa latino-americana. Quando uma pessoa não se submete a seus interesses, seus privilégios, seus abusos, dizem que somos ditadores, que não há liberdade de expressão."
Correa declarou que o pedido de asilo de Assange é "a melhor resposta" a essas acusações.
"(Assange) disse claramente que gostaria de seguir com sua missão de liberdade de expressão sem limites, num território de paz comprometido com a justiça e a verdade, como é o Equador."
Questionado se pode-se deduzir que ele defende a liberdade de expressão de Assange, mas limita a liberdade da imprensa equatoriana, Correa respondeu: "Convido você ao meu país para ver se de alguma forma se limita a liberdade de expressão. O que certa imprensa quer é a liberdade de extorsão, liberdade de manipulação sem responsabilidade".
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