Prezado Leonaro do Brasil 247
Creio que o blog de vocês levanta questões extremamente necessárias. Ao repercutir a opinião de Gercyley inicia-se um debate fundamental em Goiás e no Brasil. É urgente o debate sobre o núcleo do poder. Até aqui, em Goiás, o poder de estado, em todos os níveis, tem servido aos própósitos do coronelismo, muito bem representado pelo caiadismo, felizmente decadente há décadas. Nesse modelo as pessoas entram para os aparelhos de poder através do voto popular e viram coronéis autoritários, ditatoriais e corrúptos, como exemplifica o governo Marconi, que o autor denomina de "marconismo", para significar um paradígama que abrange setores fora do poder. Via de regra seus ocupantes enriquecem da noite para o dia. É graças a essa ideologia que Carlos Cachoeira e seu peão mandalete Demóstenes Torres se criaram, cresceram e engordaram.
Esse modelo tem que acabar. Essa crise que explode poderá ser benéfica, se tivermos condições de bem conduzir o processo. Há que se retomar os sonhos de Pedro Ludovico e sepultar para sempre os Caiado, de marcas arrogantes, concentradoras de roquezas, de renda e de propriedades. Há que construirmos um modelo de gestão do poder para o povo através do qual os servidores eleitos sejam possuídos pelo espírito do serviço ao povo e não do assalto das riquezas produzidas e que deveriam ser revertidas para os cidadãos.
Portanto, abaixo o caidismo, o marconismo e outros da mesma estirpe, aliás, cujo núcleo é orientado pelo mesmo objetivo. Viva a democracia. Viva a conquista do poder do estado independente para o povo!
Abraços críticos e fraternos.
O Estado de Goiás produziu tantos fatos políticos este ano que 2012 definitivamente já entrou para a história
Amigos leitores, o Estado de Goiás produziu tantos fatos políticos este ano que 2012 definitivamente já entrou para a história. Não como nós goianos queríamos. Enfim, foi um processo necessário.
Para muitos, 2012 é considerado o "início do fim" do período que chamamos de "Marconismo" caracterizado por um absoluto personalismo do poder estatal, uma agressiva política de comunicação e um projeto político focado nos programas assistências de renda direta. E que 2014 seria uma espécie de despedida deste período.
Bom. Não é bem assim. Pelo menos, penso eu. O "Marconismo" é bem mais profundo do que podemos imaginar, 2014 não seria nem de longe seu final definitivo e sim, apenas um período de enfraquecimento, não o fim. Explico.
O "Marconismo" tem a seu favor uma estrutura que independe do sufrágio eleitoral, que consiste nas estrutura de regulação do poder, que hoje, são praticamente dominadas pelos idealistas do "Marconismo" ou seja, TCM e TCE, além do TJG.
Mesmo fora do poder, se assim acontecer em 2014, o "Marconismo" possui nestes órgãos pessoas ligadas diretamente ao atual Governador, com poderes de inviabilizar governos até ao ano de 2022, período em que acorrem as trocas de natureza temporal.
A maior prova deste poder antigoverno ocorreu entre 2006 e 2010: Período em que o "Marconismo" não estava à frente do executivo Estadual mas, de certa forma, era capaz de "das as cartas" nos bastidores.
Vereadores, prefeitos, secretários e o próprio Governador terão pela frente o desafio de conviver ou se beneficiar do "Marconismo" por algum tempo.
Por outro lado, o poder, com seu caráter efêmero, também é meio padrasto, se quisermos lembrar bem o "Irismo" que, amparado por estruturas parecidas, viu seus fiéis colaboradores se transmutarem em "Marconisas" em questão de alguns anos, pode o próximo Governador e os prefeitos converter este processo.
De certa forma o "Marconismo" transferiu parte de seu poder de influência para dentro dos órgãos de regulamentação pública e justiça, e isso faz diferença nos próximos anos, entretanto, se continuar se desgastando, não de forma administrativa, mas se colorindo de Governo Corrupto, pode ser que, por medo ou por bom senso, o "Marconismo" se enfraqueça também fora da Esfera Estatal.
Mas isso é um assunto para depois de 2014. Vamos viver, ver e conferir.
Gercyley Batista trabalha com comunicação e mantém o blog Observacionista, de Goiânia
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