Prezado amigo Prosóstemos
Na quarta-feira pela manhã tive contato com dois tipos de velhos. Efetivamente não fiz nenhuma pesquisa, apenas observei empiricamente num departamento misto de prestação de serviço ao público, onde cada pessoa retirava uma senha e aguardava sua vez para ser atendida. Ali, à minha frente, alguns aposentados conversavam sobre os últimos acontecimentos que contam com a participação de Demóstenes, Marconi Perillo, governador deste estado de Goiás, e de outros envolvidos com a contravenção criminosa. Chamaram-me a atenção alguns comentários que faziam. Alguns diziam que não podiam acreditar que Demóstenes fosse amigo do contraventor Carlinhos Cachoeira. Espantei-me quando alguns declararam que não poderia ser, afinal Demóstenes é um homem muito educado. Um dos aposentados que debatiam ali é metalúrgico. Isto é, nenhum deles levantou qualquer suspeita sobre a ideologia de Demóstenes, a política reacionária abraçada historicamente pelo “demo”, partido do senador, nem que era um criminoso fisiológico sugador das riquezas do Estado brasileiro. Pelo contrário, os aposentados riam demonstrando pena e descrença de que o amigo do bicheiro realmente se envolvesse em tal sujeira. Aqui em Goiás não há rádio que não comente nem jornal e TV que não noticie o cachoeiroduto. Mesmo assim contraditoriamente os velhos que lá estavam não se revoltavam nem questionavam a roubalheira que sangue sungas fazem dos recursos públicos e do bem que deveriam fazer ao povo. Sinceramente, me senti triste e frustrado, afinal ali estavam pessoas que passaram por uma ditadura militar, extremamente violenta e atentatória aos direitos humanos, viveram um duro tempo de imposição do pensamento único neoliberal, que promoveu em nosso País o dramático “festival” de privatização e de desgraça de milhões de brasileiros empurrados para o desemprego, para a miséria, para as doenças e a marginalização. E eles não tomaram consciência de nada, como se estivessem em outro mundo. Meu Deus, quanta alienação e falta de consciência de cidadania!
Porém, felizmente, ao passar pela Av. Goiás em cruzamento com a Av. Anhanguera, deparei-me com outro grupo de velhos, agora sim combativos e indignados. Empunhavam um microfone e, jogando protestos através de discursos projetados por um poderoso aparelho de autofalantes, protestavam contra as barbaridades praticadas por Carlinhos Cachoeira, Marconi Perillo e muitos outros. Não diziam que Demóstenes era educado. Pelo contrário o chamavam de ladrão bem como ao governador Marconi Perillo. Para este pediam o impeachment e gritavam “Fora Marconi! Fora Demóstenes!” Distribuíram cópias da matéria da Revista Carta Capital, sequestrada na manhã de domingo aqui em Goiânia e em Anápolis, que conta todas as implicações de Demóstenes e Marconi Perillo com o mafioso. Disponibilizaram formulários de abaixo assinado à população. Percebi que muitos da população assinaram revoltados. Eu também assinei.
Saí esperançoso e orgulhoso com esse segundo tipo de velhos. Esse não envelheceu nem apodreceu entre as bactérias da velharia. Certamente esse grupo tem o que conversar com seus filhos, netos, genros e noras. Contribuem com a construção da consciência do novo ser humano. Não entrega-se à babaquice nem à alienação dos Demóstenes, Cachoeira e Perillo. Pensei que as pessoas envelhecem do jeito que sempre viveram. Os alienados envelhecem cedo e totalmente. Os engajados na luta não têm tempo de envelhecer. Viva!
Por falar em grito pela impedimento do governador amigo do bicheiro, no próximo sábado, dia 14 de abril, uma multidão comparecerá a partir das 9 horas à frente do Palácio Pedro Ludovico, na Praça Cívica de Goiânia, para pedir o “FORA MARCONI! Após nos dirigiremos à Assembleia Legislativa para um encontro com o Jornalista Paulo Henrique Amorin. Certamente uma multidão comparecerá, pois a indignação é enorme. Estudantes beneficiados por bolsas de estudos do governo federal através da ONG OVG, gerida pelo governo do estado, sob a ameaça de que se não defendessem Marconi Perillo pelo Twitter seriam prejudicados. Ora, os estudantes se sentiram coagidos a ser tropa de defesa do corrupto e se revoltaram. Eles participarão do ato no dia 14. Eu também participarei. Convido a todos/as que moram em Goiás que participem daquele ato patriótico.
Participar de ato pela recuperação do aparelho de estado é dever de todos nós. Este precisa ser devolvido ao povo e tirado das mãos dos exploradores que se aproveitam dos recursos do povo para enriquecer espúria e indevidamente. Participar de tal pressão é ajudar Goiás a recuperar o sonho de Pedro Ludovico, que pensava o estado e a capital Goiânia para o desenvolvimento, que Getúlio Vargas incluiu no que denominou de Marcha para o Oeste.
Fora Marconi, fora Demóstenes, fora alienação, fora miséria, fora roubo e fora injustiça!
Abraços críticos e fraternos.
GRANDE ORVANDIL:
ResponderExcluirSOMO SEMPRE, NA VEIA PARA FAZER A DIFERENÇA NESTE NOVO TEMPO DO TEMPO DESTA TURMA...
ABRAÇOS DE APOIO,
SÉRGIO/SEB@R