Por Altamiro Borges no seu blog
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A Folha deste domingo (25) informa que o demo Demóstenes Torres, mais sujo do que pau de galinheiro após as revelações sobre o seu vínculo com o mafioso Carlinhos Cachoeira, emprega como assessora uma enteada do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A notícia bombástica reforça a suspeita de que ambos sempre se articularam nas suas conspirações golpistas.
“Posto de confiança e livre nomeação”
Segundo reportagem de Leandro Colon e Fernando Mello, “sob o risco de virar alvo do STF, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) emprega em seu gabinete uma enteada de Gilmar Mendes, um dos 11 ministros da corte. Ketlin Feitosa Ramos, que é tratada na família como filha do ministro, ocupa o cargo de assessora parlamentar de Demóstenes, posto de confiança e livre nomeação”.
A Folha relata que Demóstenes vive uma “crise política por ter seu nome envolvido na Operação Monte Carlo, que desmontou no mês passado um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na exploração de jogos caça-níquel. Acusado de ser o chefe do esquema, o empresário (sic) Carlinhos Cachoeira é amigo de Demóstenes e teve 300 telefonemas com ele gravados pela polícia”.
Presentinhos ou comissão no crime?
O próprio líder do DEM já confessou que “recebeu de Cachoeira um telefone antigrampo, um fogão e uma geladeira de presentes de casamento. Investigação mostrou que o senador também pediu ao empresário R$ 3 mil para pagar despesas de táxi-aéreo”. A Folha evita repercutir uma denúncia bem mais grave, feita pelo jornalista Leandro Fortes da revista CartaCapital:
“Três relatórios assinados pelo delegado Deuselino Valadares dos Santos, então chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (DRCOR), da Superintendência da PF em Goiânia, revelam que Demóstenes tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino, calculada em, aproximadamente, 170 milhões de reais nos últimos seis anos”.
O suspeito grampo telefônico
A revelação da Folha sobre o emprego da enteada de Gilmar Mendes coloca sob suspeita a análise das denúncias contra o senador Demóstenes Torres. Se o procurador-geral Roberto Gurgel decidir apurar o caso, o que tem evitado há três anos, ele será enviado para julgamento dos 11 ministros do STF. Como fica a situação de Gilmar Mendes? Ele terá isenção para julgar o seu amigo?
Além disso, a denúncia reabre antiga ferida. Em agosto de 2008, a mídia fez alarde sobre um suposto grampo telefônico realizado pela Agência Brasileira de Inteligência de uma conversa entre Demóstenes e Gilmar Mendes. Chegou-se a falar até em criação de CPI. O senador nunca apresentou o áudio da escuta. Agora, ressurge a dúvida: o grampo existiu de fato ou foi armação da dupla?
Na época, empenhada na oposição ao ex-presidente Lula, a Folha fez estardalhaço sobre o caso. Agora, Elio Gaspari, colunista do jornal, insinua que pode ter havido uma “coincidência”. “Demóstenes Torres denunciou espetacularmente que alguém gravara uma conversa sua com o presidente do Supremo, Gilmar Mendes... O grampo da PF [sobre as relações com mafioso Cachoeira] está num relatório oficial, o da conversa com Gilmar Mendes jamais apareceu”.
“Posto de confiança e livre nomeação”
Segundo reportagem de Leandro Colon e Fernando Mello, “sob o risco de virar alvo do STF, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) emprega em seu gabinete uma enteada de Gilmar Mendes, um dos 11 ministros da corte. Ketlin Feitosa Ramos, que é tratada na família como filha do ministro, ocupa o cargo de assessora parlamentar de Demóstenes, posto de confiança e livre nomeação”.
A Folha relata que Demóstenes vive uma “crise política por ter seu nome envolvido na Operação Monte Carlo, que desmontou no mês passado um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na exploração de jogos caça-níquel. Acusado de ser o chefe do esquema, o empresário (sic) Carlinhos Cachoeira é amigo de Demóstenes e teve 300 telefonemas com ele gravados pela polícia”.
Presentinhos ou comissão no crime?
O próprio líder do DEM já confessou que “recebeu de Cachoeira um telefone antigrampo, um fogão e uma geladeira de presentes de casamento. Investigação mostrou que o senador também pediu ao empresário R$ 3 mil para pagar despesas de táxi-aéreo”. A Folha evita repercutir uma denúncia bem mais grave, feita pelo jornalista Leandro Fortes da revista CartaCapital:
“Três relatórios assinados pelo delegado Deuselino Valadares dos Santos, então chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (DRCOR), da Superintendência da PF em Goiânia, revelam que Demóstenes tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino, calculada em, aproximadamente, 170 milhões de reais nos últimos seis anos”.
O suspeito grampo telefônico
A revelação da Folha sobre o emprego da enteada de Gilmar Mendes coloca sob suspeita a análise das denúncias contra o senador Demóstenes Torres. Se o procurador-geral Roberto Gurgel decidir apurar o caso, o que tem evitado há três anos, ele será enviado para julgamento dos 11 ministros do STF. Como fica a situação de Gilmar Mendes? Ele terá isenção para julgar o seu amigo?
Além disso, a denúncia reabre antiga ferida. Em agosto de 2008, a mídia fez alarde sobre um suposto grampo telefônico realizado pela Agência Brasileira de Inteligência de uma conversa entre Demóstenes e Gilmar Mendes. Chegou-se a falar até em criação de CPI. O senador nunca apresentou o áudio da escuta. Agora, ressurge a dúvida: o grampo existiu de fato ou foi armação da dupla?
Na época, empenhada na oposição ao ex-presidente Lula, a Folha fez estardalhaço sobre o caso. Agora, Elio Gaspari, colunista do jornal, insinua que pode ter havido uma “coincidência”. “Demóstenes Torres denunciou espetacularmente que alguém gravara uma conversa sua com o presidente do Supremo, Gilmar Mendes... O grampo da PF [sobre as relações com mafioso Cachoeira] está num relatório oficial, o da conversa com Gilmar Mendes jamais apareceu”.
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