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sexta-feira

A direita sai do armário. É preciso sair de debaixo da cama


A@s meus/minhas leitores/leitoras

Vocês me honram muito e me alegram ao acessarem aos milhares diariamente esta página. Mais, vocês além de lerem compartilham o que aqui posto e procuro debater, sempre envolvido com as questões da justiça social no Brasil e no mundo.

Este este editor não é vinculado a nenhuma agremiação partidária aí cartorizada, mas toma partido do Brasil, do povo, dos pobres, d@s trabalhadores/as, dos injustiçad@s e das lutas pelas transformações onde quer que se travem. 

Os campos de luta são amplos e variáveis: os movimentos sociais, as artes, as religiões, o esporte, a academia, as famílias, as ruas, em toda a parte se deve travar a luta por mais cidadania e participação política. 

Porém, não somos ingênuos. O outro lado, aquele onde os inimigos do povo "pensam" que pensam, que imaginam que lutam - esse termo é exculisvo de quem age ao lado do povo na sua ânsia por equidade em todos os sentidos; a direita não luta, mas guerreia e faz banditismos - faz histeria assustadora e mostra sua cara criminosa, corrosiva e pronta a todos os espediantes sujos e destrutivos da paz. 

A direita tem várias caras e atores. Muitos são "bonzinhos" e se fingem de anjos ao comentar suas viagens de adoração ao imperialismo, ao mencionar que lêm a sugisVeja, ao citar os "gênios" comentadores das TVs dos barões golpistas, nas igrejas ao pedirem orações contra a invasão comunista, ao serem fundamentalistas irracionais a condenar os "pecados" de gays, de casamentos do mesmo sexo e outras barbáries, todas com atitudes maracadamente violentas e sanguninárias como o desrespeito à Presidenta Dilma na abertura da Copa do Mundo, causando vexame internacional. 

Nosso querido Cientista Político Antonio Lassance, tremendamente atacado pelos da direita na academia e na mídia, faz competente e bem fundamentada análise do comportamento da direita que sai do armário para investir contra o povo e lhe roubar a única e pálidade possibilidade de mudanças com a reeleição da Presidenta Dilma. 

Lassance não deixa dúvidas, a direita é terrorista e não medirá ações para agir com terror. Ela realemente entrou em campo. Assim como na Síria aliou-se ao terrorismo da OTAN e de Obama, aliás,  muito admirado pelos medíocres, não titubiará no esforço de criar o caos propício à invasão imperialista no roubo ao pré sal. Tem razão nosso cientista ao aceverar que a direita vem com o tudo ou nada. E vem com muito dinheiro despejado nas armações, inclusive na compra de armamentos, de jornalistas, da mídia coorporativa, de "políticos" e de policiais, na maior orgia corrupta da história do Brasil, e isso ninguém denuncia. 

Resta que as lideranças nacionalistas e populares de todos os campos de atuação exerçamos protagonismo e não nos encolhamos, não nos esmaguemos. O armário não é lugar para os lutadores nem embaixo da cama. 

Além de ler este profético alerta e de compartilhá-lo leiam o maravilhoso texto do Cientista Político Antonio Lassance, que posto abaixo.

Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano, sempre na luta.  

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Por que a direita anda mais raivosa do que nunca?

Os barões das grandes corporações midiáticas perceberam que, para haver uma oposição de direita forte, é preciso uma ampla opinião pública direitista.


Antonio Lassance (*) Charge de Vitor Teixeira


Faz tempo que as campanhas eleitorais são espetáculos dantescos, movidos por baixarias sem limites. Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral fica muitas vezes cuidando da perfumaria, os dinossauros reinam.

Mas há algo de novo nesta campanha.

A começar do fato de que boa parte da perversidade de campanha seguia, antes, o seguinte roteiro: denúncias na imprensa, primeiro em jornais e revistas, que depois se propagavam na tevê e no rádio e, finalmente, ganhavam a rua pela ação dos cabos eleitorais.

Agora, o roteiro é: denúncias pela imprensa, mas divulgadas primeiro via internet; propagação pelas redes sociais; repetição pela tevê e pelo rádio e, por último, sua consolidação  pelo colunismo e editorialismo da imprensa tradicional.

Embora essa imprensa ainda seja, normalmente, a dona da informação, seu impacto é cada vez menos medido pela audiência do próprio meio - que anda em declínio em praticamente todos os veículos tradicionais - e mais pela sua capacidade de propagação pela internet - blogs, redes sociais e canais de vídeo, principalmente pelo Youtube. E a versão que se propaga da notícia acaba sendo tão ou mais importante do que a notícia em si.

Antes, as pesquisas de opinião calibravam os rumos das campanhas. Nesta eleição, a internet é quem tende a ditar o ritmo. As pesquisas vão servir para aferir, tardiamente, o impacto de alguns assuntos que ganharam peso na guerrilha virtual.

Antes, o trabalho de amaldiçoar pra valer os adversários políticos era feito pelos cabos eleitorais que batiam de porta em porta. Agora, os cabos eleitorais que caçam votos perambulam pelos portais de internet, pelos canais de vídeo e entram nos endereços dos eleitores pelas redes sociais.

Uma outra diferença, talvez tão decisiva quanto essa, é que a direita resolveu aparecer. Antes, o discurso da direita era de que não existia mais esse negócio de "direita x esquerda".

A direita, finalmente, saiu do armário e anda mais raivosa do que nunca. Em parte, a raiva vem do medo de que, talvez, ela tenha perdido o jeito de ganhar eleições e de influenciar os partidos.

Por outro lado, a direita imagina que a atual campanha petista está mais vulnerável que em outras épocas. A raiva é explicada, nesse aspecto, pelo espírito de "é agora ou nunca".

Os bombardeios midiáticos raivosos têm assumido feições mais pronunciadamente ideológicas.

Ao contrário de outras eleições, os ataques têm não só mentiras, xingamentos e destemperos verbais de todos os tipos. Têm uma cara de pensamento de direita.

Querem não apenas desbancar adversários. Querem demarcar um campo.

Não é só raiva contra um partido. É ódio de classe contra tudo e contra todos os que se beneficiam (e nem tanto quanto deveriam) de algumas das políticas governamentais.

É ódio contra sindicatos de trabalhadores, organizações comunitárias, movimentos de excluídos (Sem Terra, Sem Teto), grupos em defesa de minorias e de direitos humanos que priorizam a crítica a privilégios sociais e aos desníveis socioeconômicos mais profundos.

A mídia direitista tem desempenhado um papel central. Sua principal missão é orientar os ataques para que eles tenham consequência política e ideológica no seio da sociedade brasileira.

Como sempre, a mídia é diretamente responsável por articular atores dispersos e colocá-los em evidência, conforme uma pauta predeterminada.

Embora seja uma característica recorrente, no Brasil, a mídia tradicional comportar-se como partido de oposição, nos últimos anos ela parece seguir uma nova estratégia.

Os barões das grandes corporações midiáticas brasileiras, com a ajuda de seus ideólogos, perceberam que, para haver uma oposição de direita forte, é preciso formar uma ampla opinião pública direitista.

Antes mesmo de cobrar que os partidos se comportem e assumam o viés de direita, é preciso haver uma base social que os obrigue a agir enquanto tal.
A mídia tradicional entendeu que os partidos oposicionistas são erráticos em seus programas e na sua linha política não por falta de conservadorismo de suas principais lideranças, mas pela ausência de apelo social em sua pregação.

Em função disso, coisas como o Instituto Millenium se tornaram de grande importância. O Millenium tem, entre seus mantenedores e parceiros, a Abert (controlada pelas organizações Globo) e os grupos Abril, RBS e Estadão. O instituto é também sustentado por outras grandes empresas, como a Gerdau, a Suzano e o Bank of America.

O Millenium tenta fazer o amálgama entre mídia, partidos e especialistas conservadores para gerar um programa direitista consistente, politicamente atraente e socialmente aderente.

O colunismo midiático, em todas as suas frentes, é outro espaço feito sob medida para juntar jornalistas, especialistas e lideranças partidárias dedicadas a reforçar alguns interesses contrariados por algumas políticas públicas criadas nos últimos 12 anos.

A estratégia midiática de reinvenção da direita brasileira representa, no fundo, uma tentativa desesperada e consciente dessa mesma mídia de reposicionar-se nas relações de poder, diante da ameaça de novos canais de comunicação e de novos atores que ganharam grande repercussão na opinião pública.

Com seu declínio econômico e o fim da aura de fonte primordial da informação, o veneno em seus anéis tornou-se talvez seu último trunfo no jogo político.


(*) Antonio Lassance é cientista político.

Créditos da foto: Charge de Vitor Teixeira

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