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Atender ao pedido do Papa Francisco de rezarmos por ele é defendermos sua missão de paz pela humanidade







Se os muçulmanos fechassem Mahatma Ghandi em suas teias confessionais ele não seria líder mundial do pacifismo. 


Se a Igreja Batista prendesse Martin Luther King em suas grades eclesiásticas como um bom pastor, preocupado somente com seus membros, ele não teria liderado marchas poderosas contra o racismo e as discriminações, não somente nos Estados Unidos, mas em todo o mundo.


Se Chê Guevara se limitasse aos limites do Partido Comunista Cubano e das fronteiras de Cuba, contente em ser membro referencial do governo revolucionário, exemplo de dedicação, estudos e militância, não seria o galo que cantou a aurora da madrugada da justiça social na América Latina na década de 60. Mesmo tanto tempo morto, sua luta brilha como exemplo de amor ao próximo e sua frase “é preciso endurecer [na disciplina e arrojo revolucionários] sem perder a ternura, jamais”, princípio lembrado por teólogos em debate na TV Aparecida durante a visita de Francisco. 


Jesus mesmo não se limitou a seus discípulos para fazer o bem. Quando em dado momento reclamaram que outros faziam milagres e curavam pessoas o Mestre reagiu que quem não é contra nós é a nosso favor. 


Na labuta pela construção da justiça e da paz, num mundo maçantemente fraturado e dividido, não cabe o sectarismo e o exclusivismo. 


Pois bem, o Papa Francisco em sua vinda ao Brasil derramou-se em sorrisos e abraços, principalmente no encontro com o povo e com o seus mais injustiçados, os pobres. Denunciou forças terríveis e poderosas que historicamente esmagam o ser humano. Disse aos bispos que doutrinas que cultivam a adoração ao deus dinheiro são imperialistas e não devem ser seguidas por quem não deve ser príncipe, mas servo da humanidade. 


Um único pedido que o Papa Francisco fez a seu favor foi o de que rezássemos por ele. Creio que é pedido enigmático e que precisa de interpretação séria. Ora, um homem carregado da experiência latino americana de luta contra forças tão poderosas, que encheram nossos povos de trevas e de morte, sabe que rezar é gesto de fé rico em comunitariedade e de mobilização. Reza que não junta pessoas, muitas pessoas, não é reza, é superstição. Reza que não entende o sentido de Jesus não é reza, mas repetições espiritualistas vazias de humanidade, portanto, fora do que o Papa nos ensinou. Nesse sentido lembro novamente de Dom Helder Câmara, que quando sabia que a ditadura prendia alguém de suas pastorais e diocese, pedia para o povo se reunir na catedral para rezar. Porém, de lá todos saiam em passeata para às frentes das delegacias e quartéis para libertar as pessoas injustiçadas por quem rezavam. 


O Papa Francisco não deve jamais ser um homem e grande pastor prisioneiro da Cúria Romana, do Vaticano ou da Igreja Católica Romana. Ele é homem de Igreja, claro. Mas sua proposta é para toda a humanidade. Nessa perspectiva, os que são contra a justiça, contra a libertação dos pobres da pobreza e da miséria, tramam desgastá-lo e matá-lo. Não se trata de papismo nem de nos reduzirmos à espremida tese de um só rebanho e um só pastor. Aqui se trata da humanidade, dos povos e de respeito às convicções religiosas que pululam entre as culturas diversas.


Rezar pelo Papa Francisco é nos mobilizarmos nacional e internacionalmente em sua defesa. Ele corre perigo. Qualquer pessoa que leia, que contate com as denúncias abundantes sabem que as máfias e corporações poderosas que mandam e desmandam no mundo tentam incorporá-lo em seu diabólico projeto ou matá-lo, o que no fundo é a mesma coisa. 


Ora, os povos vivem momentos de excitação ao retomarem as ruas. Devemos aproveitar essa circunstância e defender quem nos defende. Por isso a Ibrapaz toma a liberdade de sugerir que nos mobilizemos em torno das principais bandeiras que o Papa abraçou e, ao rezar por ele, nos mobilizemos para defender as causas mais justas e humanas. 


Ao nos mobilizarmos outras ideias melhores surgirão.


Contatem conosco nesse sentido. Os e-mails e telefones para contatos estão aqui ao lado. É hora de união e de luta pela justiça e pela paz.


Abraços críticos e fraternos na boa e gostosa luta pela justiça e pela paz.

Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.


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