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“Um grande amigo que sempre esteve ao lado da luta das mulheres, com seu carinho, estímulo e apoio; herói de seu povo, de sua Nação, de toda a América e da Humanidade, entrou para a História”

6 de Março de 2013 
 

Movimentos alertam para fase de transição na Venezuela

Movimentos sociais lamentam a morte do líder venezuelano Hugo Chávez, no final da tarde de terça-feira (5). Para lideranças ouvidas pelo Vermelho, é fundamental acompanhar de perto esta fase de transição para garantir que se cumpra a constituição daquele país e para que não haja distorções da biografia de Chávez. “A história não se impõe sem uma narrativa. Por isso, não subestimemos a capacidade de manipulação da oposição”, alertou o historiador Edson França, presidente da Unegro.






Ato em solidariedade a chávez / foto: Página do MST

Ainda preocupado com o desenrolar dos fatos, Edson França lembrou que o presidente do país vizinho iniciou um importante processo de mudança, mas que ainda será preciso um tempo para que se consolide e entre de fato nas páginas da história como uma alteração à esquerda na condução do país.
“Chávez iniciou um processo que dá condições de mudanças. Passado essa fase de transição, com nova eleição, se as forças Chavistas se mantiverem no poder, o que esperamos, ainda assim corremos o risco de uma grande desconstrução do nome de Chávez. Não podemos subestimar a capacidade das elites venezuelana, europeia, norte-americana, em manipular as informações”, completou o dirigente da União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro), que lamenta a perda, comparando-o a lideranças expressivas como Che Guevara, José Martí e Simón Bolívar.
Theófilo Rodrigues, da Associação Nacional dos Pós-Graduando (ANPG,) detalhou ao Vermelho um traço bastante forte no governo Chávez: a participação popular no processo político do país: "Talvez a principal característica do socialismo do século 21, iniciado por Chávez, seja a inovação democrática promovida pelos conselhos comunais que radicalizaram a democracia participativa na Venezuela".
Os conselhos comunais, criados em 2009, são instâncias de participação, articulação e integração entre os cidadãos e as diversas organizações comunitárias, movimentos sociais e populares, que permitem ao povo organizado exercer o governo comunitário e a gestão direta das políticas públicas e projetos orientados a corresponder às necessidades, potencialidades e aspirações das comunidades.
Sempre com muito carinho, os líderes dos movimentos sociais relataram momentos marcantes que viveram na Venezuela, como Liege Rocha, da executiva nacional da União Brasileira de Mulheres e coordenadora da área internacional da entidade.
“Me lembro da atenção que ele nos deu quando fomos recebidas por ele no penúltimo Congresso da FDIM [Federação Democrática Internacional das Mulheres]. É preciso que não esqueçamos desses momentos e do papel de Chávez na America Latina, de enfretamento ao imperialismo e por uma América com mais igualdade entre homens e mulheres. Toda solidariedade às mulheres venezuelanas. Temos que resistir, resistir e resistir... para continuar avançando com o socialismo naquele país”, declarou a feminista, também presidenta da FDIM, que emitiu nota.
“Um grande amigo que sempre esteve ao lado da luta das mulheres, com seu carinho, estímulo e apoio; herói de seu povo, de sua Nação, de toda a América e da Humanidade, entrou para a História”, diz um trecho do comunicado da FDIM.
Em nome do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), a também presidenta do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, fez questão de se pronunciar mesmo estando longe.
“Durante seu governo, a Venezuela passou a ser um baluarte em defesa da paz mundial e da justiça social. Corajoso e abnegado, Chávez deixa aos povos do mundo seu inspirador exemplo e ao povo venezuelano a grandiosa missão de dar continuidade à Revolução Bolivariana”, destacou Socorro Gomes, que participa de uma conferência na Rússia.
Nas redes
Renata Mielli, secretária-geral do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, lembrou da adesão da população venezuelana à revolução bolivariana.
“Uma perda irreparável para os venezuelanos e para toda a América Latina. O presidente Hugo Chávez, ao lado de tantas outras lideranças e junto com o povo, construiu a revolução bolivariana e deu esperança e dignidade para todo um país”, lamantou a jornalista que cobriu as eleições 2012 da Venezuela e chegou a ter um de seus artigos lidos por Hugo Chávez na primeira coletiva de imprensa que deu após sua vitória.
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, fez questão de enfatizar os avanços sociais no continente. “Hugo Chavez iniciou ciclo histórico de avanços sociais na América Latina! E os venezuelanos seguirão aprofundando as transformações e contando com a admiração e a fraternidade dos estudantes brasileiros!”, postou nas redes sociais a liderança estudantil.
Os jovens também se pronunciaram em nota da União da Juventude Socialista, lembrando o papel decisivo de Chávez na luta contra a tentativa de implantação da Alca: "Temos a certeza que a revolução bolivariana, que fortaleceu a democracia participativa através dos círculos bolivarianos e dos conselhos comunais, que erradicou o analfabetismo, enterrou a Alca [Área de Livre Comércio das Américas], que tem a menor desigualdade social de toda a América do sul e proclamou o socialismo do século 21, continuará, lidera por Nicolás Maduro, a realizar os grandes feitos revolucionários iniciados por Hugo Chávez."
"Um construtor de ideias". Assim definiu o dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, em nota publciada na Página do Movimento, em que reforçou o vínclulo estreito que os trabalhadores rurais construíram com o líder venezuelano, tocando projetos em parceria.
"Como MST e demais movimentos da via campesina, sempre tivemos uma identidade muito grande com seu projeto. E um carinho especial por esse líder comprometido unicamente com seu povo" que ajudou a construir "uma proposta continental de agroecologia, que pudesse servir de base para uma política de produção de alimentos sadios para toda população".
Stédile também lembrou da importância da distribuição da renda de forma mais igualitária promovida por Chávez. "Depois de um século de uma economia dependente das exportações do petróleo, deu uma virada. Primeiro distribuiu a renda petroleira para resolver os problemas do povo. De saúde, educação, moradia e alimentação. E depois implementou mudanças para reorganizar a economia com um processo de industrialização do país, e de autonomia."
Ato ecumênico
No final da tarde, espera-se que representantes dos movimentos se reúnam em um ato ecumênico promovido pelo Consulado da República Bolivariana da Venezuela, em São Paulo, às 17h (Rua General Fonseca Teles, 564, Jardim Paulista), para homenagear o presidente da Venezuela.
Deborah Moreira
Da redação do Vermelho

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