Querida
amiga Jornalista Lili Abreu
Espero que minha querida amiga esteja bem. Vejo suas
atividades intensas em seu blog e me alegro na esperança de sua bendita recuperação.
Hoje vi que a amiga postou em seu blog " A Justiceira de Esquerda" resultado de exames psicológicos
de Joaquim Barbosa para a carreira diplomática do Itamaraty. Psicólogos atestaram
que o presidente (com p minúsculo) do STF sofre traços de insegurança, agressividade, autoritarismo e profundo
ressentimento.
Pessoalmente respeito radicalmente os traços de personalidade das
pessoas e seu sigilo. Todos merecem respeito em seus seres.
Porém, Joaquim Barbosa é de tal modo mau, como o descreve seu amigo e
respeitadíssimo jurista Bandeira de Mello ao identificar a maldade com que
tratou o deputado federal José Genoino, que todos precisamos entender suas
razões. Cito a frase literal do professor Bandeira de Mello: "Acho que é mais um problema de
maldade. Ele é uma pessoa má. Falo isso sem nenhum preconceito com a pessoa
dele pois já o convidei para jantar na minha casa. Mas o que ele faz é
simplesmente maldade".
Na mesma linha do conceituado intelectual escreve um dos
grades líderes sindicais brasileiros, Vagner Freitas, presidente da CUT: “Entre
tantas ilegalidades, a prisão de Genoino, um cidadão com um currículo e uma
biografia exemplares e que está extremamente doente, precisando de cuidados
médicos constantes, é uma crueldade que deixa claro o ressentimento, o desejo
de vingança que move Joaquim Barbosa.”
Vagner escreve mais: “Para acabar com a impunidade, temos de
acabar com a esse tipo de comportamento intempestivo, emotivo, violento,
agressivo e sem ética que desestabiliza as instituições e põe em risco a
democracia brasileira.
Essa manipulação da Justiça, que se tornou marca de Joaquim Barbosa, ao prender José Genoino e deixar tantos outros sequer sem julgamento, ao contrário do que imaginava a mídia conservadora, não vai melhorar a imagem que o povo tem do Judiciário e aprofunda o mal-estar causado pela sensação de impunidade. A demora em julgar o mensalão mineiro, que chegou no STF antes da AP 470, é uma prova disso.
Tudo nesse caso é exceção. Tudo nessas prisões explicita o caráter político, de perseguição que marca, desde o início, o julgamento da AP 470. “
Essa manipulação da Justiça, que se tornou marca de Joaquim Barbosa, ao prender José Genoino e deixar tantos outros sequer sem julgamento, ao contrário do que imaginava a mídia conservadora, não vai melhorar a imagem que o povo tem do Judiciário e aprofunda o mal-estar causado pela sensação de impunidade. A demora em julgar o mensalão mineiro, que chegou no STF antes da AP 470, é uma prova disso.
Tudo nesse caso é exceção. Tudo nessas prisões explicita o caráter político, de perseguição que marca, desde o início, o julgamento da AP 470. “
Claro, minha amiga Lili, não somos preconceituosos com os
problemas psicológicos das pessoas. Mas uma pessoa com esses traços não pode,
de maneira alguma, presidir a Suprema Corte do Brasil numa conjuntura como a
que vivemos. Além disso, não há como o STF fazer justiça com seu presidente e
alguns de seus ministros aliados com a direita mais perversa, antissocial e
desumana como a brasileira. Seja em função de traços que o inadequadam e de
compromissos políticos com a camada dominante brasileira e internacional
Joaquim Barbosa pratica atrocidades e deve ser afastado do STF.
Para completar essa percepção o grande Jornalista e patriota
brizolista Fernando Brito, titular do grande site Tijolaço, que me deu a honra de visitar meu blog, enviou carta
ao site Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorin para descrever os riscos
Joaquim Barbosa e as variáveis que contornam o momento trágico que vivemos no
Brasil. Eis o que diz nosso irmão brasileiro em artigo em forma de carta
intitulado “Morcego não é Corvo”:
Paulo,
Agradeço, outra vez, a ajuda do amigo para não “desaparecer” da internet, neste involuntário exílio do Tijolaço, o qual espero termine na próxima semana.
Escrevo porque é impossível ficar calado diante do espetáculo dantesco a que estamos assistindo.
Ver mais alta Corte brasileira transformada em palco de mesquinharias, vaidades e crueldades desumanidades é impensável, para nós, que lutamos pelo restabelecimento de sua grandeza no Estado de Direito.
Joaquim Barbosa transformou-se num imperador inclemente, que exerce seu cargo sem grandeza.
E que apequena a todos os ministros, porque vemos reduzidos ao silêncio os seus pares que, como o nome indica, não poderiam se omitir. Alegar, apenas, que é sob o comando da presidência do STF que se encontra a execução da pena dos condenados da Ação Penal 470 não os absolve deste papel, pois o dever de preservar a Justiça se reparte igualmente entre todos.
Nem mesmo durante a ditadura a nossa Corte Suprema acovardou-se como agora.
Victor Nunes, Hermes Lima e Evandro Lins e Silva, cassados, ficaram como tributo à virtude de um Tribunal onde remanesceu o pior dos vícios judiciais: a covardia.
O poder das baionetas, porém, acovardou-o menos que o poder incontrastável de uma mídia uníssona e tomada do ódio mais irracional.
Os jornais brasileiros tornaram-se uma espécie de República do Galeão, aquela onde a única lei e a única ordem era transformar Getúlio Vargas num criminoso.
O cinismo de todos eles é tanto que são incapazes sequer de falar sobre a correria da captura, desatada num feriado, para alguns dos réus, enquanto os demais, na mesma condição jurídica, permanecem uma semana à espera que Sua Excelência determine-lhes o mesmo que aos outros réus despachou sobre a perna.
De igual forma, a demora em atender uma situação evidente de perigo físico para José Genoino torna evidente quanto apequena o cargo a atitude de Joaquim Barbosa.
Ou melhor, o quanto Barbosa faz a Presidência do STF caber numa capa miúda, como seria a de beleguim do Tribunal da Mídia, esta possuída pelo espírito de Roberto Jefferson, despertos seus instintos mais primitivos.
Javert, de Os Miseráveis, foi-lhe indevidamente comparado outro dia, em um blog. Não! Em Javert, o Estado perseguidor não apagou nele o ser capaz do gesto final de humanidade com Jean Valjean, atirando a si mesmo nas águas do Sena.
Não se sugere, em absoluto, o mesmo para Barbosa, nas águas de Key West, na Flórida, a Paris dos sem-luz de hoje.
Os dias farão melhor, porque o que se constrói com a histeria desfaz-se e evapora na serenidade.
Joaquim Barbosa nem mesmo é um Lacerda de toga.
A imagem do morcego, cego e incapaz de viver sem o abrigo da caverna da escuridão, cai-lhe melhor que a de Corvo.
Abraços
críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.
Dom
Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.
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