Meus/minhas queridos/as
blogueiros/as
Como diz ali acima no template
desse blog o nosso objetivo é o de combater as injustiças promovidas pelo
imperialismo e pela direita em suas várias manifestações, hoje
caracteristicamente neoliberais e golpistas. Nossa preocupação com as
injustiças e sua superação são em primeiro lugar com o Brasil, nossa Pátria, mas as denunciamos em
quaisquer partes do mundo, onde a demência e obscenidade imperialista ameaçarem
os povos.
Aqui no Brasil a direita
neoliberal, com seus atos golpistas através da mídia servil e dominante, do
Clube Militar, que defende os atos sujos promovidos por sua calamitosa ditadura,
que prendeu, torturou e sufocou o desenvolvimento nacional, amaciando o caminho
para a entrega do Brasil à ganância imperialista, alia-se aos anarquistas de
atitudes lamentavelmente golpistas e autoritárias. Seu ponto culminante,
segundo alardeiam pelas redes sociais, é o 7 de setembro. Sempre foi assim na
história: a esquerdalha anarquista colabora estreitamente com a direita, que
nas suas eventuais vitórias dará em mais direita e terror, trancafiando depois nas
masmorras a esquerda infantil e irresponsável.
Uma ligação por número restrito de
São Paulo ontem à noite, quarta-feira, dia 04 de setembro de 2013, me avisando
que a direitona visa matar no sábado alguém de vulto do governo federal, seja pessoa
ligada ao “Mais Médicos”, à Presidenta Dilma ou ao ex-presidente Lula.
Comunicou-me que a inteligência da Presidente sabe, por isso cuida da segurança
nos desfiles cívicos de 7 de setembro. O objetivo do ato bandido é dar corpo à desestabilização
do governo para abrir caminhos ao golpe, por sua vez túnel de acesso ao domínio
imperialista, de olho no nosso pré sal e seus malfadados leilões a acontecer em
outubro. Quer dizer, a espionagem de Obama, denunciadas por Edward Snowden, tem
como meta instalar no Brasil o que os Estados Unidos já fazem no Oriente Médio,
aproveitando-se das divisões de grupos, etnias e facções religiosas, cada uma
sedenta de poder sobre as riquezas do Iraque, da Líbia, do Iran, da Síria e de
toda a parte. Aqui os Aécio Neves, Eduardo Campos, FHC, José Serra (com seu
apoio fingido à Presidente Dilma referente à espionagem), Ronaldo Caiado com os
ruralistas escravagistas, o Clube Militar, a mídia colonizada, as viúvas da
ditadura e evangélicos fanáticos moralistas cumprem o papel de dividir e
fragilizar o tecido democrático ainda jovem. Busca-se o terror e a matança
entre irmãos para justificar intervenção que esmague a democracia e os avanços
que independizem a soberania nacional, ainda muito limitada. O barulho
reacionário contra o Mais Médicos é uma pequena amostra do que pretendem os
odiosos e rancorosos golpistas.
Há poucos dias, em apoio ao manifesto dos bispos metodistas argentinos, escrevi que Obama é tão terrorista quanto George W. Bush, sem nenhum respeito à soberania dos povos, principalmente os produtores de petróleo. Hoje postei aqui uma breve análise
do teólogo espanhol Nejamin Forcano, que vislumbra a demência da guerra
promovida pelo império. Abaixo posto outra análise de Tariq Ali que vê a guerra
na Síria promovida pelos Estados Unidos e a fraticidade regional,
principalmente de Israel, forte aliado do terror americano, como uma obscenidade
praticada contra um povo que luta para sair da miséria e do atraso milenares,
de traços medievais.
Abraços críticos e fraternos na luta por mais justiça e paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.
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Às vésperas de uma guerra obscena
Navia
da frota dos EUA no Mediterrâneo, equipada com mísseis Tomahawk e
deslocada para as proximidades da Síria na quinta-feira (29/8)
Aliados a monarquias medievais, EUA querem ampliar seu poder
geopolítico no Oriente Médio: eis o real motivo da escalada contra
Damasco
Por Tariq Ali, no London Review of Books | Tradução: Vinícius Gomes
O objetivo da “guerra limitada” organizada pelos EUA e seus vassalos
europeus é simples. O regime sírio estava lentamente restabelecendo seu
controle sobre o país, contra a oposição armada pelo Ocidente e seus
Estados tributários na região (Arábia Saudita e Qatar). Essa situação
exigia correção. Nessa deprimente guerra civil, era preciso fortalecer
militar e psicologicamente a oposição.
Desde quando Obama afirmou que as armas químicas era a “linha-limite”, era claro que elas seriam utilizadas. Cui prodest? como costumavam perguntar os romanos. Quem se beneficia? Claramente, não o regime sírio.
Há várias semanas, dois jornalistas do Le Monde já tinham
descoberto as armas químicas. A questão é: de fato foram usadas, quem as
lançou? O governo Obama e seus seguidores gostariam que acreditássemos
no seguinte enredo: Assad permitiu que os inspetores de armas químicas
da ONU entrassem na Síria; então, anunciou a chegada deles lançando um
ataque de armas químicas contra mulheres e crianças, a mais ou menos 15
quilômetros do hotel onde estavam hospedados. Isso simplesmente não faz
sentido. Quem, então, cometeu a atrocidade?
No Iraque, sabemos que foram os EUA a utilizar “fósforo branco” em
Fallujah, em 2004 (não havia “linhas-limites” exceto aquelas traçadas no
chão por sangue iraquiano). Portanto, a justificativa é tão turva
quanto nas guerras anteriores.
Desde a invasão e guerra no Iraque, o mundo árabe está dividido entre
sunitas e xiitas. Apoiando a invasão à Síria estão dois velhos
conhecidos: Arábia Saudita e Israel. Ambos querem o regime do Irã
destruído. Os sauditas, por disputas de facção; os israelenses, por
estarem desesperados para acabar com o Hezbollah. Esse é o grande
objetivo que têm em mente e Washington, após resistir por um tempo, está
voltando a considerá-lo. Bombardear a Síria é o primeiro passo. (…)
Os iranianos reagiram fortemente e ameaçaram retaliação apropriada.
Pode ser um blefe, mas o que isso revela é que até o novo líder
“moderado”, prestigiado pela mídia ocidental, assumiu posição não
distinta à de Ahmadinejad. Teerã compreende bem o que está em jogo e por
quê. Cada uma das intervenções ocidentais no mundo árabe e seus
arredores tornou as condições piores. Os ataques que estão sendo
planejados pelo Pentágono e suas filiais na OTAN provavelmente terão o
mesmo padrão.
Enquanto isso, no Egito, um Pinochet árabe está restaurando a “ordem”
da velha maneira violenta já consagrada e com o apoio dos líderes,
ligeiramente constrangidos, do conglomerado EUA/Europa.
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