Queridíssima
Professora Gisele Azambuja
És um maravilhoso e grande achado que fiz pelo Facebook. És
um dos meus grandes orgulhos. Tua vida como ser humano e professora é o mais
eloquente testemunho do quanto vale a pena a luta pela vida bem formada.
Lembro-me daquela noite em 1973 quando tua mãe bateu à porta
da casa pastoral, onde eu morava em Uruguaiana - RS. Eu jamais poderia imaginar
que na estranha mãe, com sua penca de pequenas crianças trazidas pelas mãos, movia-se
uma gigante, uma leoa pronta a defender suas crias, mas disposta jamais a abafá-las
no que cada uma seria. Tua mãe, a Professora Yolanda, sobre quem já escrevi
aqui, é modelo de vida aguerrida para todos os seres humanos.
Vocês chegaram, hospedaram-se, alimentaram-se e logo
levantou-se a pergunta: como essa família sobreviverá? Que nada, eu não sabia
que lidava com a Yolanda, recém-formada no Curso de Belas Artes da Universidade
de Passo Fundo, uma verdadeira artista da vida, no melhor sentido humano da
palavra. Pois sabia moldar cada material que lhe chegava às mãos e trazê-lo à
revelação da mais grandiosa beleza, oculta à percepção dos acomodados. Ela não
haveria de permitir que problemas econômicos não se tornassem arte e beleza
humanas.
Não demorou e ela alugou uma casa grande na esquina, à frente
do Colégio União. Ali instalou a primeira escola de Belas Artes de Uruguaiana.
Cada manhã que eu dava aula naquela instituição saudava vocês, às vezes de
longe outras indo até o local. Vocês respondiam invariavelmente com muita
alegria. Quando a gente chegava à escola residência de vocês todos cercavam a
gente, cada criança querendo contar uma história e mostrar um desenho ou
pintura. Sinto saudades da Rosane, tua irmã que morreu tão cedo. Ela era dona
de um olhar calmo e penetrante, coisa de pensadora e reverente com a vida.
Tu, minha amiga Gisele, és fantástica. Afastei-me de vocês logo
a seguir para trabalhar em Cruz Alta, mas nunca as esqueci. Nunca me esqueci de
teu irmão Nero, também. Graças às redes sociais encontrei e à tua mãe. Vejo-te
como educadora apaixonada pela educação e pela vida. Ao ver tuas fotos me
deparo com uma mulher cujos olhos brilham, sempre cercada por muita e bela
gente. Outro dia, tu e eu, travamos gostoso e inteligente debate político que pareceu-me
frutífero para nós dois. Nem sempre a conjuntura é clara no que tange às
manifestações de massa. Por isso o debate é esclarecedor e o esclarecimento é
justo quando revela a verdade oculta nos fatos sociais.
Pois hoje, minha amiga e heroína professora, levanto agora e
aqui um ponto muito sério por sua gravidade. Acima destaquei a importância da
força e generosidade de tua mãe que soube construir as linhas da costura da
vida e costurar meticulosamente o tecido das relações afetivas da família de
vocês. A partir daí és uma das melhores construtoras educacionais da Pátria
Brasileira. Certamente olhas para cada criança como quem trabalhas com um cidadão
em potencial dotado de todos os direitos a um País e a um sociedade justos e
dignos. Bem como fez tua mãe ao cuidar com tanto afeto e entrega cada um de
vocês, seus filhos, fazes como professora em relação aos teus alunos. É assim
que agem os educadores.
Podes ter certeza, minha querida, na Síria também há mães,
pais e professoras com a mesma tua disposição e a de tua mãe. Há séculos aquele
País luta contra as trevas e o ódio, conseguindo agora posição importante no
Oriente Médio. O governo de Bashar La Assad conseguiu construir patamar econômico
significativo na relação com o Iran, o Egito, os Palestinos, com a Rússia e
outros Países não alinhados com o terrorismo americano e israelita. Noutras palavras,
o imperialismo americano não permite que os outros povos se desenvolvam e conquistem
sua independência econômica, graças às matérias primas de seus sobsolos e suas
conquistas políticas de fortalecimento do Estado que investe socialmente no
empoderamento de seus povos.
Assim ocorreu no Iraque quando os Estados Unidos decidiram,
depois de inventar a mentira das tais armas químicas de que Sadan Hussein dispunha,
tudo desmentido depois da destruição do País e assassinato de seu presidente. Também
na Líbia, quando seu povo crescia sobre o deserto distribuindo riquezas, ao
ponto de premiar os casais novos e quem queria estudar no exterior com boa
quantidade de dólares como estímulo para que a juventude se dedicasse ao País.
A máquina mediática pró-imperialista compra suas fofocas que
têm o objetivo de destruir as imagens de seus líderes. Desse modo a mídia
encheu páginas e vídeos de TVs para difamar Sadam e Kadafhi. Pode ser que eles
tivessem problemas sim, pois eram humanos. Mas não dá para crer em nada do que
o império e o que sua mídia divulgam sobre os líderes dos povos detentores de
solos ricos em matéria prima, principalmente petróleo. A jogada corriqueiramente
tem o objetivo de destruir a resistência de cada Nação alvo, abrindo caminho
para a invasão, mesmo que matem milhões de pessoas.
Nessa semana viveremos dias tristes e tenebrosos. O império
estadunidense, governado por seu traidor presidente Barack Obama e o falso
socialista presidente da França, urde a invasão da Síria. Vê, Gisele, primeiro
entraram naquele País e espalharam terror, destruição e divisão no meio de seu
povo. A próxima etapa é o bombardeio. A
terceira, depois de matarem crianças, mulheres, velhos e trabalhadores, será o
saque do País em apoio a Israel e a vizinhos árabes comparsas dos negócios
sujos das corporações privadas americanas e judias.
Então, primeiro foi o Iraque, depois a Líbia, o Egito, agora
a Síria. Posteriormente será quem, Gisele? Glenn Greenwald, o jornalista que
mostrou ao mundo as espionagens que o governo americano fez do Brasil e da
Presidente Dilma (clica aqui para ler),
afirma que o Brasil é o grande alvo do império. Dentro do Brasil o grande
interesse é o petróleo, principalmente nosso pré-sal, cujos leilões, um equívoco
do governo brasileiro, marcados para outubro, atendem a essa ganância de guerra
dos americanos. O próprio governo e o Congresso Nacional do Brasil deixam
brechas para a espionagem e para a guerra desenfreada.
Os exercícios de preparação da guerra contra o Brasil já
começaram. Somos o alvo meticulosamente preparado. Já começam a campanha de
desmoralização de nossos líderes históricos. Há brasileiros mercenários pagos
pelo governo americano para exercer esse papel antipatriótico, como fizeram no
Iraque, na Líbia e na Síria, onde criaram oposição caluniosa e divisionista. No
Congresso Nacional brasileiro trava-se luta reida entre nacionalistas e
entreguistas neoliberais, estes desejosos de que o pré-sal seja entregue à
ganância internacional. Não se importam que nossa saúde e nossa educação sejam
prejudicadas por falta dos investimentos que sairiam daquela poderosa fonte de
riquezas. Caso o método “pacífico” do governo americano, visando derrubar o
atual governo brasileiro e por no poder outro que lhe seja colaboracionista não
funcione não titubearia em acelerar o processo de difamação nacional e
internacional de Dilma e, depois, invadir militarmente o Brasil para abocanhar
o petróleo para suas grandes e diabólicas corporações multinacionais.
Como enfrentaríamos as bombas americanas matando nossas crianças, mulheres, jovens e trabalhadores? A solução para esse risco vem bem antes. Temos que encontrá-la.
Como enfrentaríamos as bombas americanas matando nossas crianças, mulheres, jovens e trabalhadores? A solução para esse risco vem bem antes. Temos que encontrá-la.
Abaixo posto vídeo que explica as razões e métodos das
guerras produzidas pelos Estados Unidos. É de arrepiar, mas necessário que se
tome conhecimento. Os apertos de beijos e abraços de Barack Obama em nossa
Presidente Dilma não passam de beijos de Judas e de abraços de ursos, cujos
animais são muito melhores do que ele.
Abraços críticos e fraternos preocupados na luta pela justiça
e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.
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