Amigo Abinel
Há dias não me refiro a nada referente ao Supremo Tribunal
Federal nem ao falso mensalão que Joaquim Barbosa e outros seus colegas de
baixa fidelidade à democracia e à justiça inventaram, para satisfazer a sede de
golpe da mídia servil do imperialismo e da direita amante do ódio e do roubo
das riquezas do povo. Porém, acompanho
com certa emoção as movimentações de José Dirceu. Este, ao receber as decisões
injustas do tribunal da casa grande (o tribunahaaaa, como o pronuncia o deplorável
Marco Aurélio), esmagou-se à espera da prisão ameaçada pelo Joaquim e pelo cara
de balão mofado, Roberto Gurgel. Felizmente Dirceu acordou para sua fidelidade
ao País e à tradição de lutas. Percorre o Brasil em grandes mobilizações para
conscientizar os militantes de seu partido e de outros progressistas de que
devem aprofundar a compreensão do papel da militância nesses tempos em que a
direita ladra amedronta-se temendo as eleições em 2014, já que levou uma surra
sem igual nas de 2012. O Dirceu, embora ainda muito limitado a achar que o seu
PT sozinho seja capaz de aprofundar as
mudanças, assume-se mais dignamente na
luta, sem se esconder debaixo de alguma cama a espera das decisões do grosseiro
Joaquim Barbosa e do cara de balão mofado, Roberto Gurgel, que corre riscos de impeachment
por ser prevaricador, chantagista e mentiroso.
Novo fato em torno do Presidente da Câmara dos Deputados,
senhor Henrique Alves, que reagiu às ameaças do candidato a tirano Joaquim
Barbosa, ao afirmar que quem decide sobre os deputados condenados pelo tribunahaaaa
(do Marco Aurélio) é Câmara e não o Supremo. O Deputado Henrique Alves tem
razão. Quem caça mandatos de deputados é a Câmara e não o tribunahaaaa do
Joaquim, do Marco Aurélio, do Gilmar Mendes e do Celso Mello (branquelo com
sotaque afrancesado). O medo dessa turma do PSDB-DEM-PPS, ao ameaçar a Câmara,
é de que esta revele as falsidades e mentiras do julgamento da Ação Penal 470,
mentirosamente apelidada de “mensalão do PT”. Temem que na Câmara se construa
um pólo essencial que é o direito de defesa, completamente negado pela turma de
juízes comandados pela mídia e seus lacaios. A mídia golpista começou a dizer
que Lula abandonará José Genuíno e os outros deputados condenados pela farsa do
inferior “tribunahaaaaa”, aconselhando suas cassações imediatamente, para virar
rapidamente essa página do “mensalão.”
Sinceramente duvido de que Henrique Alves seja enrolado pela
mídia, de que ninguém na Câmara se levante para denunciar o golpe. Críticas
devem ser feitas a muitos parlamentares picaretas e descomprometidos com o
povo, mas há mais muitos/as patriotas no parlamento, inteligentes e sérios.
Eles/as não baixarão a cabeça às pretensões abestalhadas e aspirantes de ditadura
de um despreparado e carregado de ódio, como Joaquim Barbosa, que traiu os
propósitos de sua indicação como um dos milhões de negros brasileiros para
integrar uma corte que realmente fosse um Superior Tribunal Federal, pronto a
defender a Nação e sua constituição e não a um grupelho de corruptos e
entreguistas.
Abaixo posto excelente artigo do dr. Sérgio Cruz sobre esse
debate. Sua análise é excelente. Vale à pena lê-lo para entenderes as
tentativas de golpe e os caminhos a seguir para que o País enfrente a tais
manobras e avance muito mais.
Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz.
Dom Orvandil: bispo cabano, farrapo e republicano.
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Barbosa quer fazer do Congresso balcão de homologação do STF
Para ele, “independência e convivência harmônica entre
poderes” é o legislativo submisso às suas determinações
O presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF) ministro Joaquim Barbosa, insiste em desrespeitar o
Congresso Nacional e disse que os parlamentares não podem decidir coisa
alguma sobre a AP 470. São "obrigados a obedecer ao Supremo", decretou.
Tudo indica que parece ser essa a tal "independência e a convivência
harmônica entre os poderes" a que Barbosa se referiu demagogicamente durante
a abertura dos trabalhos parlamentares. Henrique Alves, novo presidente da
Câmara dos Deputados, respondeu logo após a declaração de Barbosa: "Quem
aprecia as formalidades legais, os prazos de defesa, os direitos de defesa,
esta parte compete a Câmara fazer, como assim pensaram quatro ministros do
Supremo na votação de cinco a quatro", explicou o deputado.
A reação
dos golpistas da mídia à intenção manifestada pelo presidente da Câmara dos
Deputados logo após sua posse, de seguir as normas da Constituição na
questão da análise da situação dos parlamentares condenados pelo STF,
confirma que eles querem afrontar o Poder Legislativo. Henrique Alves
afirmou na terça-feira que cabe à Casa dar a última palavra sobre a perda de
mandato de deputados condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "Quem
declara a perda de mandato, vacância do cargo e a convocação do suplente é a
Câmara dos Deputados", disse.
Foram
condenados pelo controverso julgamento do STF, os deputados João Paulo Cunha
(PT-SP), Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). Valdemar foi
condenado a sete anos e dez meses por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro. Já Henry recebeu a pena de sete anos e dois meses pelos mesmos
crimes. João Paulo, que presidia a Câmara na época, teve decretada a punição
de nove anos e quatro meses acusado de corrupção passiva, peculato e lavagem
de dinheiro. José Genoino (PT-SP), que assumiu o mandato em janeiro, foi
condenado a seis anos e nove meses de prisão por suposta corrupção passiva,
lavagem de dinheiro e peculato.
A mídia
reagiu furiosa às declarações de Alves e requentou as "denúncias" que tinha
feito contra ele durante toda a sua campanha pelo cargo. Chamou de corrupto,
fisiológico, arrogante e outros impropérios contra o parlamentar. Agora,
após uma reunião formal entre o presidente da Câmara e o presidente do STF,
realizada nesta quarta-feira (6), ela tenta manobrar com o claro intuito de
indispor o deputado com seus pares. Alardeia que ele teria recuado da defesa
da autonomia do Congresso.
Ele disse
que "não há a menor possibilidade, o risco de confronto entre o Legislativo
e o Judiciário é zero". Segundo Alves, o recado para quem pensar diferente
é: "tire o cavalinho da chuva". Os colunistas de aluguel se apressaram a
insinuar que quem está jogando para o confronto são os parlamentares que
defendem o Congresso. Mas é exatamente o contrário. Quem vai ter que tirar o
cavalo da chuva na tentativa de passar por cima do parlamento brasileiro e
impedir que os deputados se defendam é o ministro-relator do processo,
Joaquim Barbosa, e sua turma de golpistas.
Mostrando
que a intransigência é Joaquim Barbosa querer cassar os parlamentares a
toque de caixa e sem direito à defesa, o presidente da Câmara acrescentou
que a Casa "vai cumprir o seu dever sem conflitos, sem confronto, e num
processo rápido, porque isso interessa ao povo brasileiro, ao Judiciário e
ao Legislativo". De acordo com Henrique Alves, o processo será rápido e
cumprirá o que diz a lei. "As formalidades legais não podem implicar em
muito tempo", acrescentou o parlamentar, mostrando que de sua parte tudo vai
correr dentro da lei.
E o que
diz a lei? O artigo 55 da Constituição é claro e específico sobre o assunto
da perda de mandato parlamentar. Em seu § 2º, a Constituição não deixa
dúvidas de que a decisão sobre a perda de mandato é da Câmara ou do Senado.
Veja o que diz esse parágrafo: "Nos casos do inciso VI (sofrer condenação
criminal em sentença transitada em julgado) a perda do mandato será decidida
pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria
absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político
representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa". Parece que o
que mais irrita Barbosa, e alguns outros integrantes da Côrte, é este último
item: "assegurada ampla defesa". Eles ocultaram provas e cercearam a defesa
durante o julgamento do suposto "mensalão" e agora querem impedir que ela
exista também no Congresso Nacional. Por isso estão tentando atropelar a
autonomia do Legislativo.
A posição
de diversos parlamentares [o ex-presidente Marco Maia e o atual
vice-presidente da Câmara, André Vargas, também se somaram a Henrique Alves]
foi reforçada hoje pela declaração do novo integrante do Superior Tribunal
de Justiça (STJ), Sérgio Kukina. "[O legislador] não inseriu na Constituição
regras desnecessárias e quando diz que é preciso que haja convalidação e
chancela do Congresso, é preciso que se observe a Constituição", disse
Kukina, no ato de sua posse (veja matéria nessa página). Segundo o novo
ministro, "não cabe ao Judiciário pensar que o Congresso não cumpriria uma
decisão que lhe garantisse mais autonomia".
Henrique
Alves revelou-se também um óbice ao absurdo e descabido pedido de prisão
imediata dos condenados, feito por Roberto Gurgel, procurador-geral da
República. Ele disse que cabe à Casa "finalizar" o processo do mensalão. Com
isso, Alves lembrou que o processo ainda nem foi concluído no Supremo e nem
na Câmara dos Deputados. "Faltam ainda procedimentos de publicação da
decisão e a análise de recursos da defesa", ressaltou. Só depois de tudo
isso é que os deputados poderão ser julgados por seus colegas.
A mídia
golpista, que tangeu o STF e pressionou de todas as formas possíveis pela
condenação dos réus da AP 470, continua insistindo em sua farsa e, agora,
tenta impedir que eles se defendam no Parlamento. Querem decisão sumária,
como na Inquisição. Seguem distorcendo e mentindo para impedir que a verdade
venha à tona. O que eles escondem da opinião pública é que não houve desvio
de dinheiro público e não existiu mensalão nenhum. As provas disso são
fartas e evidentes, mas foram desprezadas durante o julgamento. Uma delas é
um documento oficial do Banco do Brasil, dirigido ao ministro-relator, e que
veio à tona no início desta semana, confirmando cabalmente que não houve
dinheiro público no chamado "mensalão". Barbosa simplesmente escondeu esse
parecer do BB e não o incluiu em seu relatório. No julgamento da Câmara, com
direito à ampla defesa - negada durante o processo no STF -, essas questões
poderão ser esclarecidas. É isso que Barbosa e Gurgel não querem de jeito
nenhum. Como disse Alves, vão ter que tirar o cavalo da chuva.
SÉRGIO CRUZ
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