Marconi Perillo desgasta-se e começa a cair

 

 

Prezadíssimo amigo Agenor

Rapaz, foi uma alegria imensa te encontrar na Praça Cívica sábado na participação do movimento “Fora Marconi”. Ao participares dessa marcha envolto na bandeira brasileira causou-me arrepio e emoção. Minha surpresa também advém do fato de convivermos no trabalho na mesma instituição de ensino superior, mas nunca trocarmos palavras sobre a consciência política. Contudo, meu amigo, deste eloquente testemunho de amor à Pátria. Conversaremos nessa semana sobre todas as questões que se referem a essa importante luta.

Certamente percebeste as barbaridades e denúncias feitas contra o coronel Marconi Perillo. Uma das coisas feias que ele fez foi usar a corporação dos bombeiros para tentar empalidecer o movimento. Causa-me estranheza o comando dessa ilustre instituição deixar-se manipular por propósitos espúrios e antidemocráticos.  Como pode um governo expor funcionários públicos para enganar a população e lhe tirar o espaço da praça, que lhe é de direito? Como podem os comandantes se deixar usar dessa maneira, utilizando mal os recursos públicos, mais uma vez.

Outra barbaridade, Agenor, foi a ameaça frontal e desaforada de um helicóptero da corporação dos bombeiros, que com claros propósitos intimidatórios, ameaçou por várias vezes aterrizar no meio da multidão, causando susto, ventania e poeira. Mas muito pior foi a agressividade com que policiais empunharam poderosa arma de dentro da aeronave. Passavam a impressão de que nos metralhariam a qualquer momento. Lembrei-me dos piores momentos dos anos de chumbo da ditadura. Interrogo-me pelo sentido ético daquele gesto agressivo contra a população, na grande maioria jovens, todos indefesos e de boa fé. Esse ato revela corrupção no uso dos bens públicos: quanto custa ao estado a utilização daquele helicóptero e como pode o coronel Perillo conspurcar a instituição que deveria defender a população e não ameaçá-la de morte? 

Além de tudo isso, conversei com muitos funcionários públicos que denunciaram perseguição por parte do governador. Contaram-me que foram ao ato político usando máscaras para não serem reconhecidos e assim posteriormente reprimidos. Contaram-me que Marconi instala verdadeiros capitães do mato nas repartições com o objetivo de espionar e reprimir funcionários públicos. 

Algumas caravanas que vieram do interior teriam sido barradas pelas polícias rodoviárias estaduais a mando de Perillo. Creio, Agenor, que todas essas coisas devem ser apuradas por CPI, que espero seja instalada na Assembleia Legislativa desse estado.

E, logo após o ato político, a assessoria do governo do estado “afirmou que o governo respeita todas as manifestações, inclusive as políticas-partidárias, mas entende que os acontecimentos seguramente não representam o pensamento do povo de Goiás e isto pode ser confirmado pelo número de participantes". O governador hipocritamente ignora a manifestação em praça pública e desdenha do povo. Evidentemente que seus espiões lhe comunicaram que além dos que foram à praça houve centenas de automóveis que passaram por lá e buzinaram em apoio ao povo. De dentro dos ônibus as pessoas demonstravam apoio ao “fora Marconi”. O coronel que governa o estado sabe muito bem que a revolta da sociedade é imensa contra seu envolvimento com o criminoso e com o crime.  Perillo sabe que a perda de sua base é imensa e de que hoje ele não conta mais com o apoio de quem nele votou equivocadamente há poucos dias. Todos os que discursaram no ato, que convivem com seu governo, denunciaram que o seu governo fracassa em todas as áreas, principalmente nos projetos que deveriam resolver os problemas do povo. O seu governo é infinitamente inferior ao da propaganda massiva na mídia nos últimos dias. 

Não adianta, Agenor, o coronel ameaçar, mandar bater nas pessoas, persegui-las e até mandar matar, o seu governo tem que prestar contas morais diante de uma CPI estadual.

Por isso mantenho aqui o link do site do abaixo assinado a favor da abertura da CPI. 

Clique no link: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N23061

Abraços críticos e fraternos, meu amigo.