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quarta-feira

Banditismos da ditadura são chamados de técnicas eficazes

HISTORIADORA FOI COBAIA DE TORTURA. VIVA O STF !



Conversa Afiada oferece aos ministros do STF – instituição que tomou a vergonhosa decisão de anistiar a Lei da Anistia que anistia o Ustra – duas leituras interessantes nesta véspera de Corpus Christi.

(Afinal, estamos na nação mais católica do  mundo … )

Aproveita para levar a cristã oferta a José Paulo Cavalcanti Filho e José Carlos Dias, que, na Comissão da Verdade (vez por outra), também ratificam a anistia a Ustra.

Ustra, esse, que dirigiu o DOI-CODI, onde morreram barbaramente 47 brasileiros.

Saiu no Valor, o PiG (*) cheiroso:

HISTORIADORA DIZ TER SIDO COBAIA DE AULA PRÁTICA DE TORTURA


Por Guilherme Serodio | Do Rio

A historiadora Dulce Pandolfi e a cineasta Lúcia Murat denunciaram ontem, em depoimento à Comissão Estadual da Verdade do Rio, a existência de laboratórios de treinamento de torturadores nas dependências do Exército no Rio durante a ditadura militar (1964-1985).

“O professor, diante de seus alunos, fazia demonstrações com o meu corpo”, relatou Dulce, que foi cobaia em uma aula prática de tortura. “Enquanto eu levava choques elétricos, pendurada no pau de arara, ouvia o professor dizer: ‘Essa é a técnica mais eficaz’”, lembrou. Ela e Lúcia foram presas no começo da década de 1970 no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi). Lúcia afirmou que os militares testavam métodos de tortura, chamados eufemisticamente de “técnicas de interrogatório”, com os presos numa espécie de laboratório.

Ainda assim, a prisão no DOI-Codi, um prédio oficial do exército, representou melhor sorte do que a reservada aos militantes das principais organizações armadas de oposição ao regime, torturados e assassinados em prisões extra-oficiais como a Casa da Morte de Petrópolis. “Eles não podiam mais me matar porque eu já estava oficialmente presa”, disse.




Saiu na Carta Maior:

AO MENOS 51 MORTES OCORRERAM DENTRO DO DOI-CODI/SP, DIZ CNV


Informação rebate tese de que as mortes aconteceram somente em combate ou por suicídio, como defendeu em depoimento o coronel Ustra, ex-chefe do DOI/Codi em São Paulo. Documentos apontam que ao menos 47 mortes aconteceram enquanto Ustra era o chefe do aparato repressivo.

Vinicius Mansur

Brasília – A Comissão Nacional da Verdade (CNV) publicou nesta terça-feira (28) dados retirados de documentos secretos que comprovariam que pelo menos 51 pessoas foram mortas no Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna / II Exército (DOI/Codi de São Paulo) sob os comandos de Carlos Alberto Brilhante Ustra e seu sucessor, Audir Santos Maciel.

As informações foram encontradas pela CNV em uma monografia apresentada à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército pelo já falecido coronel Freddie Perdigão Pereira, um quadro destacado da repressão no Rio de Janeiro, com passagem pelo Serviço Nacional de Informações.

Em anexo a monografia está o que Perdigão chamou de “levantamento dos resultados obtidos pelo DOI/Codi/II Ex desde sua fundação até 18 de maio de 1977”, uma espécie de “estatística da repressão”. O documento aponta que de 2541 pessoas presas pelo DOI, 1001 foram encaminhadas ao DOPS para o processo, 201 encaminhadas a outros órgãos, 1289 liberadas e 51 mortas.

Outro documento, identificado como ACE 4062-80 no Arquivo Nacional, aponta que desde a criação do DOI/Codi, em 1970, até outubro de 1973, 1786 pessoas foram presas e 45 mortas. No mês seguinte, novembro, a estatística é atualizada e indica 1804 prisões e 47 mortes.

“Patenteado está, sem sombra de qualquer dúvida, que 51 pessoas foram mortas, estando presas no DOI/Codi do II Exército, sendo que (2) dessas mortes aconteceram em novembro de 1973”, afirma o integrante da CNV, Claudio Fonteles, em texto.

Ustra foi o chefe do DOI/Codi do II Exército entre 29 de setembro de 1970 e 23 de janeiro de 1974.

Desmentindo Ustra

As informações publicadas hoje pela CNV já haviam sido mencionadas por Fonteles durante a tomada pública de depoimentos ocorrida no último dia 10. Porém, o depoente Ustra negou os dados, sustentando que as mortes aconteceram em combate e fora da sede do órgão de repressão. Confira aqui o trecho.


Na ocasião, o coronel afirmou, bastante irritado, que os militares sempre admitiram que houve mortos na ditadura, mas, além dos suicídios de Vladmir Herzog e Manuel Filho – disse ele –, as mortes foram em combate. “No meu comando, meu senhor doutor Fonteles, ninguém foi morto lá dentro do DOI, todos foram mortos em combate. E os que senhor diz que foram mortos dentro do DOI, não é verdade, eles foram mortos pelo DOI em combate, ora, na rua, dentro do DOI nenhum. Repito que o senhor não está certo no que está dizendo, está aqui publicado”, encerrou socando a mesa e referindo-se ao seu livro “A verdade sufocada”.

Logo após a resposta enérgica de Ustra, os ânimos se acirraram, provocando um bate-boca generalizado no local, o que levou Fonteles a encerrar a sessão. 

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