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quinta-feira

Será que a igreja romana se arrepende do apoio que deu às ditaduras golpistas?






O Papa Francisco recebe as avós de Praça de Maio, que no tempo em ele atuava na Argentina enquanto padre, eram as famosas Mães da Praça ou as loucas de Praça de Maio, como eram maldosamente conhecidas. Durante a dramática situação vivenciada pelos argentinos, como muitos de nós em quase toda a América Latina, a igreja romana e outras igrejas se omitiram em face das prisões, torturas e assassinatos de heróis que lutavam contra o golpe armado e apoiado pelos Estados Unidos.


As Mães da Praça de Maio sempre reclamaram da igreja romana por sua omissão e até colaboração com a ditadura. De modo geral essa prática ocorreu em todos os quadrantes atingidos pelo terror militar comandado pelos embaixadores estado unidenses. Muitos cardiais, bispos, padres e pastores embarcaram na canoa furada da propaganda imperialista que ameaçava, segundo eles, com a perda de liberdade, de propriedades privadas e de prisão aos crentes que resistissem à revolução proletária.   Tudo mentira por parte da classe dominante atrasada.


Agora as avós da Praça de Maio, antes tão jovens quando todas as quintas-feiras rodeavam a praça à frente da Casa Rosada, sede do governo federal argentino, para denunciar as atrocidades e crueldades impostas pelos ditadores à juventude argentina, visitaram o Papa Francisco no Vaticano e arrancaram dele o apoio à sua luta por encontrar os seus netos, filhos de jovens casais assassinados pelo torturadores e entregues a famílias ricas argentinas e de outros países. 


O que se suspeita é que o Papa Francisco não consegue impedir os gritos e pressões das mulheres que se levantam contra um passado rubro recente e, com isso, tenta se reconciliar com a justiça e com a verdade. Aquelas mulheres são exemplo de luta e de pressão pela mudança de vida por parte de quem deveria tê-las defendido e não o fez.


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Quinta, 25 de Abril de 2013

Papa diz às Avós da Praça de Maio para "contarem com ele" na busca por netos

Associação argentina pediu que pontífice abra arquivos do Vaticano para encontrar 400 filhos desaparecidos na ditadura
O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (24/04) à Associação Civil Avós da Praça de Maio, organização de direitos humanos que procura crianças sequestradas ou desaparecidas pela ditadura militar argentina, para "contarem com ele" na busca dos familiares.

"Contem comigo, eu estou à disposição", afirmou o papa Francisco à presidente da assoaição, Estela de Carlotto, que compareceu à audiência acompanhada por Juan Cabandié, um dos 108 filhos encontrados pela associação e Buscarita Roa, integrante da associação e sequestrada na ditadura.

As Avós da Praça de Maio pediram ao papa para que abra os arquivos da Igreja argentina e do Vaticano para ajudar a averiguar o destino de 400 filhos de desaparecidos, seus netos. As crianças, que ainda não foram identificadas, foram separadas dos pais na prisão ou após eles serem assassinados pela ditadura. Segundo organizações de direitos humanos, cerca de 30 mil pessoas desapareceram durante o regime militar na Argentina. 
Durante o encontro, Estela afirmou ao papa que tinha ido ao Vaticano para lhe pedir ajuda na missão de encontrar seus netos e, segundo ela, o papa Francisco lhe respondeu duas vezes: "contem comigo, contem conosco". Ela elogiou a postura do pontífice. "Isso é muito significativo. Trata-se da confirmação de um compromisso do papa, um compromisso da Igreja", acrescentou. Ela ressaltou que, quando Francisco era bispo de Buenos Aires, "nunca falou nos desaparecidos. Isso nos machucava muito."

Após o encontro com o papa, Estela fez questão de reiterar que a cúpula da igreja argentina foi cúmplice da ditadura, "muito por omissão", e que não estão pedindo que lhes peçam perdão, "apenas que ajudem a encontrar nossos netos, já que não queremos morrer sem os conhecer e sem transmitir que seus pais lutaram para que nunca mais houvesse ditaduras".

"A Igreja sabe" o que aconteceu, falou. "Algumas comunidades de freiras recebiam nossos netos, que depois eram repassados a outras famílias. Isso está escrito e pode ser comprovados nos arquivos. Não estamos pedindo nada impossível", acrescentou Estela.

A representante das Avós da Praça de Maio contou que sua filha foi assassinada pelos militares apenas dois meses depois de ter dado à luz. "Voltaremos convencidos de que iniciaremos uma nova fase", completou a ativista. "O encontro nos deu esperança, esperança não por ter tocado a mão de um papa, mas por ter aberto o caminho dos encontros, algo que é fundamental", finalizou.

* Com informações de Efe e El Occidental

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