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domingo

Um bispo profeta e não marionete de igreja de madames



Querida amiga Jane

Convivi com inúmeros bispos. Boa parte deles era realmente cristã e comprometida com o povo. Mas conheci verdadeiras múmias, absolutamente alienados, preguiçosos e de cordões umbilicais amarrados a madames de catedral. Esses coitados para nada servem a não ser para pregar sermõeszinhos água com açucar para contentar suas “beneméritas” burguesas e perfumadinhas. Apesar de atuarem em ambientes de clamorosas injustiças sociais e esmagamento dos direitos humanos nada fazem para denunciar seus causadores nem conhecem propostas de mudanças. Conheci um desses infelizes que adorava se aproximar dos mais aquinhoados de sua discese para se hospedar em suas casas e apartamentos ou de quando em visitas pastorais hospedar-se nos melhores hotéis, hostil aos verdadeiros problemas do povo. Nas festas e almoços das paróquias que recebiam suas visitas pastorais sentava-se ao lado dos de maiores posse para conversar futilidades sobre automóveis do ano, modas e outras babagens.

Ser bispo em paises pobres e não se comprometer com o povo nas denúncias das causas das injustiças e no somar-se à luta por melhores perspectivas nacionais e populares é trair o projeto de Jesus e o papel de pastor e de profeta. Sinceramente, apesar da leva de bispos que retiram os ministros sacerdotes e leigos do meio do povo para socá-los sobre os altares, graças a pressão que o imperialismo internacional faz sobre o Vaticano, que ataulemente, desde João Paulo II, aceitou o jogo iníquo e sujo de servir aos propósitos da ganância dos Estados Unidos e seus lacaios, e do Conselho Mundial de Igrejas que resiste enqunto pode, escandalizo-me com bispos preguiçosos e alienados. Realmente penso que seu padroeiro é Judas Iscariotes.

Pois tive a alegria hoje, Jane, novamente, de me deparar com uma entrevista do Arcebispo da África do Sul, Dom Desmond Tutu, que analisa a barbaridade praticada por George Buch e Tony Blair, ao decidirem invadir o Iraque e matar seu presidente constitucional. Tutu era realmente um bispo. Na pátria de Nelson Mandela não se alienou da enorme opressão sofrida por seu povo sob o tacão dos nazistas que inventaram o apartheid, mas entrou na luta pelos direitos humanos e contra a dominação racista, nazista e imperialista. Foi preso inúmeras vezes por somar-se à luta. Ganhou o Prêmio Nobel da Paz e aplicou o dinheiro na causa dos mais pobres. Tornou-se voz poderosa que galvanizou milhões de pessoas e nações em torno da luta pela libertação da África do Sul. Com seu povo Tutu chegou à união nacional a partir de Nelson Mandela, um presidiário por 28 anos do apartheid, elegendo o primeiro negro como Presidente de seu país.

Agora o Bispo aposentado Desmond Tutu reaparece com denúncias serissimas contra Tony Blair relativamente à invasão do Iraque, como capacho de George Busch, o terrorista mor americano. A análise está numa entrevista abaixo que traduzi. Peço-te que olhes atenciosa e carinhosamente e avalies a posição correta e justa que um bispo deve assumir, bem distante e diferente da assumida pelas múmias preguiçosas e alienadas a que me referi acima.

Quando li a entrevista desse apóstolo de Jesus emocionei-me profundamente. Lembrei-me que quando o bispo primaz da chamada Igreja da Inglaterra veio ao Brasil fui o único que em Porto Alegre o questionou sobre o apoio que sua igreja deu a barbárie praticada por Busch ao invadir o Iraque. Os argumentos do arcebispo foram pífios e covardes. Da mesma forma fui o único a interpelar o arcebispo da Igreja Episcopal dos Estados Unidos pelo apoio que deu a Busch pela guerra que promoveu contra o Iraque. O argumento dado por ele foi ainda mais miserável. Contou que sentiu pena do sofrimento dos Estados Unidos por se sentir obrigado a promover a invasão e matança de milhões de pessoas no país sede da antiga Babilônia. Contou que o Presidente o chamou na Casa Branca para que lhe pedir conselho sobre o início da guerra sanguinária. O arcebispo deu o apoio e ainda orou pelo assassino.

Viva o cristão arcebispo Desmond Tutu! Seu testemunho será guardado como um tesouro precioso na história da paz e do compromisso que os verdadeiros bispos cristãos devem ter.

Abaixo publico a entrevista do grande homem do povo, Dom Desmond Tutu. Vale a pena emocionarmo-nos com seu texto e espalhá-lo entre nossos contatos, Jane.

Abraços críticos e fraternos.




Por que eu não tinha escolha a não ser rejeitar Tony Blair
Eu não podia sentar-me com alguém que justificou a invasão do Iraque com uma mentira



A imoralidade dos Estados Unidos e Grã-Bretanha referente a  decisão de invadir o Iraque em 2003, tinha como premissa a mentira de que o Iraque possuía armas de destruição em massa, desestabilizou e polarizou o mundo para uma extensão maior do que qualquer outro conflito na história.

Em vez de reconhecer que o mundo em que vivíamos, com as comunicações cada vez mais sofisticados, transportes e sistemas de armas exigiu liderança sofisticada que iria trazer a família global em conjunto, os então líderes de os EUA eo Reino Unido fabricaram os motivos para se comportar como rufias de recreio e nos conduzerem ao desastre. Eles nos levaram à beira de um precipício onde agora estamos firmes - com o espectro da Síria e do Irã antes de nós.

Se os líderes podem mentir, então quem deve dizer a verdade? Dias antes de George W Bush e Tony Blair ordenarem a invasão do Iraque, liguei para a Casa Branca e falei com Condoleezza Rice, que era então o conselheiro de segurança nacional, a insistir em que se desse mais tempo aos inspetores de armas das Nações Unidas para confirmarem ou negar a existência de armas de destruição em massa no Iraque. Eles devem ser capazes de confirmar encontrar tais armas, argumentei, o desmantelamento da ameaça teria o apoio de praticamente o mundo inteiro. Rice negou, dizendo que havia um risco muito grande e que o presidente não esperaria  por mais tempo.

Com que fundamento é que vamos decidir que Robert Mugabe deve ir ao Tribunal Penal Internacional, Tony Blair deve participar do circuito os palestrantes internacionais ", Bin Laden deveria ser assassinado, mas o Iraque deve ser invadida, não porque possui armas de destruição em massa, como o senhor Bush defensor-chefe, Tony Blair, confessou na semana passada, mas a fim de se livrar de Saddam Hussein?

O custo da decisão de livrar o Iraque de seu líder por-todos-contas despótico e assassino foi cambaleando, começando no próprio Iraque. No ano passado, uma média de 6,5 pessoas morreram há cada dia em ataques suicidas e bombas de veículos, de acordo com o projeto do Iraque Body Count. Mais de 110.000 iraquianos morreram no conflito desde 2003 e milhões de deslocados. Até o final do ano passado, cerca de 4.500 soldados norte-americanos foram mortos e mais de 32.000 feridos.

Por estas razões, por si só, em um mundo consistente, os responsáveis por este sofrimento e perda de vida deve ser trilhando o mesmo caminho, como alguns dos seus pares africanos e asiáticos que foram feitas para responder por seus atos em Haia.

Mas até mesmo maiores custos foram exigiu além dos campos de extermínio, nos corações endurecidos e as mentes dos membros da família humana em todo o mundo.

O potencial de ataques terroristas diminuiu? Em que medida nós conseguimos trazer os assim chamados mundos muçulmano e judaico-cristão mais juntos, em semear as sementes de compreensão e de esperança?

Liderança e moralidade são indivisíveis. Os bons líderes são os guardiões da moralidade. A questão não é se Saddam Hussein era bom ou mau, ou como muitos de seu povo ele massacrou. O ponto é que Bush e Blair não deveria ter permitido-se a descer a seu nível imoral.

Se é aceitável para os líderes a tomar medidas drásticas com base em uma mentira, sem uma confirmação ou um pedido de desculpas quando são descobertos, o que devemos ensinar aos nossos filhos?

O meu apelo ao Sr. Blair não é falar sobre liderança, mas para demonstrar isso. Você é um membro da nossa família, a família de Deus. Você é feito de bondade, de honestidade, de moral, de amor, assim são os nossos irmãos e irmãs no Iraque, os EUA, na Síria, em Israel e Irã.

Eu não considero adequado ter esta discussão com a descoberta Invest Leadership Summit, em Joanesburgo, na semana passada. Como a data se aproximava, eu senti uma sensação cada vez mais profunda de desconforto sobre participar de uma cúpula sobre "liderança" com Tony Blair. Dirijo minhas desculpas mais humildes e sinceros para a descoberta, os organizadores da cúpula, os oradores e delegados para o atraso da minha decisão de não comparecer.

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