Nova ordem mundial está nascendo, diz líder supremo do Irã em encontro de países
Reunião entre os "não alinhados" pretende construir força política desalinhadas com a dos norte-americanos
Agência Efe
O líder iraniano Ayatollah Seyyed Ali Khamenei discusando na abertura do evento em Teerã
A abertura da 16ª Cúpula dos Países Não Alinhados nesta quinta-feira (30/08) foi marcada por críticas ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e à ordem política mundial protagonizada pelos Estados Unidos e seus aliados. No entanto, o que prevaleceu foi o sentimento de que uma nova ordem mundial está sendo constituída.
Por ser o anfitrião do evento, o líder iraniano Ayatollah Seyyed Ali Khamenei fez o discurso inicial perante representantes de 107 países e pediu sua união para a constituição de uma nova força política que possua valores diferentes dos norte-americanos. Segundo ele, o Movimento de Países Não Alinhados são contra o colonialismo e a dependência cultural, política e econômica.
O líder iraniano Ayatollah Seyyed Ali Khamenei discusando na abertura do evento em Teerã
A abertura da 16ª Cúpula dos Países Não Alinhados nesta quinta-feira (30/08) foi marcada por críticas ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e à ordem política mundial protagonizada pelos Estados Unidos e seus aliados. No entanto, o que prevaleceu foi o sentimento de que uma nova ordem mundial está sendo constituída.
Por ser o anfitrião do evento, o líder iraniano Ayatollah Seyyed Ali Khamenei fez o discurso inicial perante representantes de 107 países e pediu sua união para a constituição de uma nova força política que possua valores diferentes dos norte-americanos. Segundo ele, o Movimento de Países Não Alinhados são contra o colonialismo e a dependência cultural, política e econômica.
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"O mundo está em transição para uma nova ordem internacional e o Movimento de Países Não Alinhados pode e deve desenvolver um novo papel”, afirmou ele. Khameini destacou que existe solidariedade e cooperação entre os países membros do grupo por mais de cinco décadas, mas reafirmou a importância de maior aproximação com a atual conjuntura política.
Para o líder iraniano, existem condições históricas, como os protestos e transformações ao redor do mundo, que apontam para o nascimento de uma nova ordem. “O coletivo vai desenvolver esforços para mudar a realidade e alcançar os valores que acredita”, disse ele.
Khameini também criticou a estrutura “não democrática, irracional e injusta” do Conselho de Segurança da ONU. “É uma forma flagrante de ditadura, é inadequada e obsoleta”, disse ele. ”Os EUA e seus aliados protegem os interesses ocidentais no nome dos ‘direitos humanos’, interferem militarmente em outros países em nome da ‘democracia’ e atingem pessoas indefesas para ‘combater terrorismo’”, acrescentou.
Histórico
As cúpulas do Movimento de Países Não-Alinhados são realizadas a cada três anos e a anterior aconteceu em 2009, no Egito, onde foi decidido que a seguinte seria no Irã, país que assumiu a presidência rotativa da organização até 2015. O encontro termina nessa sexta-feira (31/08).
O Movimento dos Países Não-Alinhados, fundado formalmente em 1961, reúne quase dois terços dos Estados-membros das Nações Unidas, especialmente da Ásia, África e América Latina, que têm pouco mais da metade da população mundial.
Durante a Guerra Fria, na segunda metade do século passado, se agruparam no grupo a maior parte dos Estados não oficialmente alinhados nem com o bloco ocidental nem com o soviético, a fim de manter sua independência.
Após o final da Guerra Fria, o movimento se mantém, embora muitos de seus membros apontem que deve adaptar-se à nova estrutura geopolítica mundial se quiser sobreviver.
Para o líder iraniano, existem condições históricas, como os protestos e transformações ao redor do mundo, que apontam para o nascimento de uma nova ordem. “O coletivo vai desenvolver esforços para mudar a realidade e alcançar os valores que acredita”, disse ele.
Khameini também criticou a estrutura “não democrática, irracional e injusta” do Conselho de Segurança da ONU. “É uma forma flagrante de ditadura, é inadequada e obsoleta”, disse ele. ”Os EUA e seus aliados protegem os interesses ocidentais no nome dos ‘direitos humanos’, interferem militarmente em outros países em nome da ‘democracia’ e atingem pessoas indefesas para ‘combater terrorismo’”, acrescentou.
Histórico
As cúpulas do Movimento de Países Não-Alinhados são realizadas a cada três anos e a anterior aconteceu em 2009, no Egito, onde foi decidido que a seguinte seria no Irã, país que assumiu a presidência rotativa da organização até 2015. O encontro termina nessa sexta-feira (31/08).
O Movimento dos Países Não-Alinhados, fundado formalmente em 1961, reúne quase dois terços dos Estados-membros das Nações Unidas, especialmente da Ásia, África e América Latina, que têm pouco mais da metade da população mundial.
Durante a Guerra Fria, na segunda metade do século passado, se agruparam no grupo a maior parte dos Estados não oficialmente alinhados nem com o bloco ocidental nem com o soviético, a fim de manter sua independência.
Após o final da Guerra Fria, o movimento se mantém, embora muitos de seus membros apontem que deve adaptar-se à nova estrutura geopolítica mundial se quiser sobreviver.
Fonte: Opera Mundi
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